A educação e a gestão

*Marco Antônio Ballejo Canto

A pandemia trouxe problemas irreparáveis para a complicada situação do atendimento aos alunos nas redes públicas de en­sino. Nas redes privadas também, mas o objetivo é falar da coisa pública.

Todos os candidatos a prefeito darão ênfase ao cui­dado que terãonesta área e é até possível que venham a fazer isto, dentro de suas limitações. Para muitos, investir dinheiro em educação é simplesmente botar dinheiro em educação.

Considerando o que é colocado de dinheiro em educação, o problema está resolvido. Caminhões, trens de dinheiro são colocados em educação. Porém, grande parte deste dinheiro é consumido pela incompetência dos gestores.

O maior desperdício de dinheiro público no Brasil ocorre na área da educação. Roubos de políticos são titicas comparados aos recursos em educação desper­diçados no país.

O secretário municipal de educação tem que enten­der de administração. Não dá aula. Na educação sempre tive um professor como secretário, porém, eu decidia, muitas vezes atendendo sugestões do secretário, muitas vezes não, ele atendia minhas determinações. A palavra final sempre foi a minha, certa ou errada. Secretarias de educação precisam de gestores. Se houver professor que entenda de gestão, tudo bem; se não houver, é melhor procurar alguém que entenda.

A maioria dos secretários de educação municipal e diretores que eu conheço jamais serão contratados para administrar uma escola privada. Quebrariam qualquer escola privada.

Existem regras básicas:

– Quanto maior o número de alunos de uma esco­la, menor será o custo para atender um aluno e maior poderá ser o salário do professor;

– Quanto maior o número de alunos por turma, me­nor será o custo para atender um aluno e maior poderá ser o salário do professor;

– Quanto maior o número de alunos atendidos por cada contrato de 20h de professor, incluindo aqui os que estão fora da sala de aula, maior poderá ser o salário do professor;

– Quanto menor o número de contratos de 20h de professor fora da sala de aula, maior poderá ser o salário do professor.

Alguns dirão que “estou tratando educação como custo”. Sim, tudo que for desperdício é custo. O que for bem aplicado é investimento. O desperdício é tanto que fica difícil, muitas vezes, perceber o investimento.

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