Na Alemanha nazista Hitler incomodou-se com determinadas coisas que não lhe agradavam, entre elas, a autonomia do destacamento Tempestade, também conhecido por SA, que havia sido criada por ele próprio com fins criminosos, e cujo comando pertencia a Eric Rohm, a quem Hitler encheu de afagos e gratidão, enquanto os baderneiros lhe convieram, afinal os regimes autoritários costumam trafegar pelas veredas do ódio e de sangue, acompanhados pela ralé dos desclassificados, ressentidos e vingativos.
Eric Rohm acreditou que ao seu destacamento caberia eternamente a missão de guarda de Hitler, mas enganou-se. O tirano achou que Rohm estava lhe fazendo sombra, além do fato de suspeitar que Rohm fosse homossexual.
Para a guerra que arquitetava, o Fuhrer confiava nos peritos em morte, as Forças Armadas, a quem passou a seduzir. O exército alemão, ou Reichwert, desconfiado do projeto hegemonista dos milicianos do destacamento tempestade, aceitou de bom grado a nova missão do chefe, e, em conjunto com a Gestapo, recém criada política secreta, partiu em missão de destruição a quem lhe opusesse a mínima oposição.
Então, entre 30 de Junho e 1º de Julho de 1.934, deu-se o sangrento morticínio premeditado por Hitler, conhecido como A Noite dos Longos Punhais.
Hitler não perdeu tempo, afinal estava asfaltando seu caminho para o poder absoluto. Os principais nomes da SA foram mortos. Rohm foi preso e fuzilado. Hitler ainda expurgou do seu caminho Gregor Strasser, um dos líderes de facção do Partido Nazista, para que pudessem, Hitler e a Alemanha marchar sem obstáculos para o desastre que a humanidade viu depois.
Tenho a clara impressão que há em Pindorama, semelhante projeto ditatorial lendo e analisando esse roteiro, mas por enquanto é apenas uma impressão, pois também tenho a suspeita de que seu comandante não professa nem domina suficientemente o dom da leitura.
Torço para que eu esteja completamente equivocado, e para que os demais poderes constituídos na sua independência e harmonia, ergam sua voz e seus preceitos em respeito à Constituição Brasileira.