Ação policial conseguiu evitar novos ataques Foto: Draco/Especial TP
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil de Bagé e a Brigada Militar, prenderam, na madrugada deste dia 26, o grupo responsável por destruir e incendiar uma banca de jogo do bicho. Segundo a polícia, o atentado são uma forma de extorsão contra o dono do local e o grupo criminoso é comandado por um detento da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC).
Os policiais iniciaram a investigação depois que uma vítima relatou que a garagem da sua casa havia sido incendiada, pois no local funcionava um ponto de jogo do bicho. No incêndio foi utilizado um Fiat Uno, que havia sido roubado e foi incendiado junto. Os criminosos filmaram toda a ação criminosa e divulgaram em diversos grupos de WhatsApp para mostrar a violência com que agem.
A ação de hoje foi rápida e direta, evitando que outros dois locais fossem incendiados – um deles, nas proximidades da Cohab, onde dois dos indivíduos foram abordados. Eles estavam trafegando em uma motocicleta com placas adulteradas.
Outra equipe de policiais, que monitorava a residência utilizada pelo grupo, prendeu em flagrante outras cinco pessoas. Na casa foram apreendidas 71 pedras de crack embaladas e prontas para venda, uma porção maior para ser fracionada, dinheiro da venda de droga e duas garrafas de gasolina que seriam usadas nos incêndios.
O delegado Cristiano Ritta, responsável pelas investigações, ressaltou que essa é segunda vez que a Polícia Civil e a Brigada Militar prendem indivíduos ligados à extorsão contra bicheiros – todos eles pertencentes à mesma facção criminosa. A ação desta vez foi possível, mais uma vez, pela integração e inteligência policial. Nos próximos dias outras pessoas já identificadas serão indiciadas e poderão ser presas.
O delegado ressalvou que o jogo do bicho é ilegal e a polícia empreende esforços para coibir também a prática do jogo.
Dentre os indivíduos identificados nesta quarta, dois são adultos e três adolescentes – sendo um deles, o responsável pelos incêndios. Outros dois usuários foram identificados e liberados. Os presos foram recolhidos ao Presídio Regional de Bagé e responderão por organização criminosa, incêndio criminoso, extorsão, tráfico de drogas, receptação e posse ilegal de arma de fogo.
