CAUSA ANIMAL

Ação voluntária em Candiota garante lar para filhotes de cães abandonados

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Ao todo, 11 filhotes de cães foram adotados durante a ação Foto: Gislene Farion TP

Abrigo, amor e cuida­dos. Esse é o destino de 11 filhotes de cães, que em sua maioria até então estavam abandonados, e que foram doados durante a feirinha realizada pelas voluntárias Daiane Leal e Karine Radünz, do projeto “O amor não tem raça”, na última sexta-feira (17), em Candiota. A iniciativa atende animais errantes do bairro João Emílio desde o ano passado.

A ação, onde o carro­-chefe era o brechó soli­dário, fez parte das come­morações de aniversário de dois anos da Agroveterinária Sossego, de propriedade do médico veterinário, Marcelo Duarte, também parceiro da causa. Essa, segundo as ide­alizadoras do projeto, é uma das maneiras de arrecadação de verbas para auxiliar e amenizar a grave situação de abandono, principalmente de cães, que acontece no bairro onde vivem.

Conforme lembra­ram, é um problema de toda a comunidade, mas poucos acabam se envol­vendo. “A população, de um modo geral, precisa mudar a mentalidade em relação aos animais. Infelizmente ainda existe essa cultura de soltar e, mais que isso, criar solto, achando que isso não vai gerar consequências”, pontuou Karine para a re­portagem do TP. Além dis­so, a ocorrência de tumores e outras doenças tem sido uma característica que cau­sa preocupação e serve de alerta para que mantenham os bichinhos presos.

A feira de adoção e o brechó solidário foram um sucesso Foto: Gislene Farion TP

Para a dupla, se mais pessoas compreendessem a importância da causa e unis­sem forças, a ocorrência de abandono e maus tratos com os animais diminuiriam mui­to – tanto no bairro, quanto na cidade de um modo geral. “As nossas primeiras ações começaram em julho de 2018 quando encontramos uma ninhada de filhotes, com menos de uma semana de vida, largados em uma es­quina. Eles receberam todos os cuidados necessários até que pudessem ser adotados”, contou Daiane.

Infelizmente, de acordo com o relato, isso tem sido frequente na rotina de ambas. “Trabalhamos de forma voluntária, mas é preciso que as pessoas entendam que somos apenas duas para tentar amenizar a situação. Não temos como atender todos os animais das ruas e buscamos, an­tes de tudo, conscientizar as pessoas para que não abandonem”, alertaram. De acordo com o Código Penal Brasileiro (CPB), abandono e maus-tratos são considerados crimes – sujeitos a detenção e multa. Qualquer indivíduo pode ser denunciado.

Alimentação, remé­dios e abrigo estão entre as principais necessidades dos bichinhos. Ainda assim, para as meninas, a cons­cientização das pessoas em relação ao abandono faz parte dessas necessidades básicas e – se depender delas – as futuras gerações de candio­tenses já terão isso enraizado. “Por isso, temos como foco principal o cadastramento de animais para castração. Tentamos mobilizar os mo­radores do bairro para que nos ajudem com o transporte desses animais, que muitas vezes são de grande porte, para que seja realizado o procedimento”, disseram.

Segundo elas, o perí­odo pós-operatório também requer cuidados e medica­mentos. “São esses gastos que utilizamos os valores arrecadados com as rifas, brechós e os pedidos de doações através das redes sociais”. Há alguns dias, o projeto “O amor não tem raça” conta com uma página no Facebook para facilitar a comunicação com a comu­nidade e garantir, de forma mais efetiva, ajuda e apoio.

COMO AJUDAR No pró­ximo sábado (25), a partir das 14h, haverá mais uma edição do Brechó Solidário para colaborar com a causa animal. A atividade faz parte da inauguração da praça do loteamento Iraí Raupp, na sede do município.

Além disso, a pró­pria Agroveterinária Sos­sego, é um ponto de coleta de rações para os animais amparados pelo projeto.

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