HULHA NEGRA

Agroindústria Cozinha da Tia Zane projeta novas instalações e produtos

Uma loja com degustação dos produtos comercializados também deverá fazer parte do novo empreendimento

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Obra das novas instalações está bastante avançada Foto: Divulgação TP

Está em obras o prédio que abrigará as novas instalações da primeira agroindústria formada em Hulha Negra, a Cozinha da Tia Zane, de panificados e vegetais processados, localizada no assentamento Estância Velha. A obra surgiu a partir da necessidade de aumentar a produção já existente e ofertar produtos diferentes.

Para falar sobre o empreendimento, considerado como referência no município e região, a reportagem do Tribuna do Pampa conversou com Henrique Outeiro, filho da proprietária Elisiane, a Tia Zane. Conforme Henrique, a nova agroindústria Tia Zane, quando concluída, será um investimento com segurança, qualidade e liberdade para produção. “São um pouco mais de 100 m², divididos entre três depósitos diferentes, que garantem total segurança e praticamente eliminam qualquer risco de contaminação, tanto de matérias primas, como produtos de higienização, sem falar é claro, do produto final, aquele que já conhecemos e amamos”, explica.

Outeiro também falou sobre as outras salas do novo prédio, com produção bem mais elevada que a atual. “A nova sala de produção também ganhou um super upgrade, ficando maior e possibilitando o aumento da produção com qualidade para suprir a crescente demanda dos nossos produtos em mercados e comércios da região. Na parte de fornos, estamos projetando a construção de um forno a lenha, como eram utilizados antigamente, para produzir alguns produtos novos e também dar um sabor ainda mais autêntico para os existentes, resgatando as nossas raízes”, expõe Henrique.

NOVIDADE – Pensando em atrativos aliados a expansão da agroindústria, Henrique antecipa ao TP uma novidade – uma loja junto ao empreendimento. Com um estilo rústico colonial, e com um sistema de funcionar totalmente inovador, Henrique relata que será um espaço para que os produtos confeccionados na agroindústria possam ficar à disposição de visitantes. “Quem chegar na agroindústria poderá degustar ali, na hora, qualquer produto e, é claro, acompanhado de um delicioso cafezinho. A ideia deste ponto direto de comercialização surgiu, pois as pessoas tem vindo até aqui no interior procurar nossos produtos, e sentimos a necessidade de recebê-los da melhor maneira possível, e com um maior leque de opções pra quem nos visitar”, ressalta o empreendedor.

Ainda dentro do processo de expansão, a família também já trabalha na ampliação da produção de matéria-prima. Segundo Outeiro, está ocorrendo anualmente o aumento da produção do trigo para os panificados, e agora, com a inclusão, em maior escala, de geleias e doces, também a construção, junto do projeto, de pomares de uva, goiaba e figo.

A parte de industrialização tem uma previsão de cerca de 5 meses para conclusão; já a parte de fornos, loja e pomares, de 12 a 18 meses.
Além das novidades, Henrique destaca uma das principais metas da família, a produção de forma artesanal. “Se não for 100%, que seja o mais artesanal possível, por isso é imprescindível que se mantenha a mão de obra familiar. É mais trabalhoso e as vezes um pouco mais demorado, mas o foco sempre é a qualidade do resultado final. É sempre um passo de cada vez, muito trabalho e amor pelo que se faz”, manifesta.

DESAFIOS – O TP aproveitou o momento de ampliação da agroindústria para falar em desafios. Questionado a falar sobre a pauta, Henrique ressaltou que os desafios e dificuldades são muitas, pois e trata de um processo complexo. “Nós já somos uma agroindústria formalizada desde o final de 2016, mas o processo de formalização iniciou mais de um ano antes. Formalizar implica enfrentar todos os processos burocráticos e adequar-se a toda legislação sanitária, o que leva tempo e custa dinheiro. Outro desafio é o investimento que sempre tem que ser feito, como em qualquer negócio, cabendo sempre assumir o risco financeiro. Tudo hoje em dia demanda muito dinheiro para se realizar, e equilibrar esta balança do que se investe e do que se fatura exige muita disciplina e jogo de cintura”, afirma Henrique.

O processo fiscal também é bastante desafiador, segundo relata Henrique. “Os desafios são diários, principalmente quando falamos no mercado formal – para supermercados e comércios em geral -, pois passamos por uma tributação com um grau elevado de complexidade e com valores tributários nada amigáveis. Tudo isso implica na comercialização e no dia a dia financeiro do empreendimento. Os investimentos sempre implicam em riscos, por isso sempre é necessário muita ‘mão na massa’ pra vencer as dificuldades e mesmo assim seguir crescendo”, finaliza.

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