AGROINDÚSTRIA DE HULHA NEGRA

Agromap: de 40 para 300 quilos de queijo ao mês em cerca de um ano

Incentivo e auxílio da Prefeitura de Hulha Negra tem sido importante para o crescimento da agroindústria

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

Produtora Marili já está utilizando os equipamentos. Uma mostra de queijo embalado a vácuo foi levada para o secretário Luis Fernando Foto: Divulgação TP

Alegria. Com este sentimento a produtora de Hulha Negra e proprietária da agroindústria Agromap, do Assentamento Abrindo Fronteiras, Marili Porto, definiu o sentimento atual com relação aos avanços do empreendimento no município à reportagem do Tribuna do Pampa.

Trabalhando com queijo colonial, com e sem tempero, e doce de leite, a agroindústria surgiu em 2017 e recebeu o certificado de registro no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), em abril de 2018, o que permitiu a comercialização dos produtos de forma legalizada.

Passados pouco mais de um ano, um grande avanço, a aquisição de equipamentos e o aumento da produção, fato que deixa a produtora Marili muito satisfeita. Ela contou ao TP, porém, que o medo caminha junto, visto se tratar de uma agroindústria de pequeno porte e já com muitas encomendas. Além de entregas no comércio do município, a Agromap também já está com contrato para o fornecimento de queijo e doce de leite para os quarteis de Bagé. “Atualmente são 1555 quilos de queijos para o quartel, além de quatro padarias e dois supermercados, chegando a 300 quilos ao mês trabalhando sozinha na produção”, conta Marili.

A prefeitura de Hulha Negra destaca que o esforço realizado através da Secretaria de Agropecuária, por meio do médico veterinário, Marcus Roberto Mielke Leitzke, e do secretário e supervisor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal /Serviço de Inspeção Municipal, culminou na adesão do município ao novo Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte – SUSAF, no início de 2019. A adesão permitiu aos estabelecimentos registrados no SIM e que estejam engajados neste Sistema, o comércio em todo o território do estado do Rio Grande do Sul.

EQUIPAMENTOS – O crescimento e o fechamento de novos contratos trouxe também a necessidade de novos equipamentos que pudessem deixar a produção mais ágil e de fácil processo. Uma câmera fria e uma embaladora a vácuo facilitaram a produção. “Com a câmara fria diminuiu o tempo de processo de lavagem e com a embaladora a vácuo, deixo o queijo melhor acondicionado, apresentado e tudo em menor tempo, sem perder a qualidade”, conta a produtora.

A Câmara fria foi adquirida através de dois tipos de recursos: parte de empréstimo bancário e parte diretamente com a empresa fornecedora. Já a embaladora, parte do recurso foi adquirido através do Fundo Municipal de Desenvolvimento da Agroindústria de Hulha Negra (Fundahn) por meio do Programa Municipal da Agroindústria, sem juros para o produtor.

Conforme Marili o investimento foi necessário para o crescimento da agroindústria. “É um investimento que vale a pena. O apoio da Secretaria de Agropecuária foi fundamental e talvez não tivesse sido possível sem o valor do Fundo. Hoje estou realizando um sonho antigo. Falta pouco equipamento para chegar onde preciso atualmente. O retorno compensa, é possível pagar”, afirma Marili, lembrando que a entrega para o Exército é um retorno financeiro certo e que em breve também passará a contar com uma funcionária.

Em contato com o secretário, Luis Fernando de Lima, ele ressaltou a importância do investimento. “Em uma visita à agroindústrias durante uma viagem, percebemos que a maturação do queijo é melhor em câmara fria, com qualidade e visual melhorado. Nossas agroindústrias são do interior mas possuem tecnologia e para a Marili, além da câmera fria, faltava uma embaladora à vácuo, que proporciona mais agilidade, segurança ao consumidor devido a qualidade do queijo. Ela organizou, correu atrás e com toda junção de verbas, adquiriu os produtos e já está trabalhando, melhorando a qualidade do produto e diminuindo o trabalho, desde a fabricação à entrega. É um investimento para melhorar a produção e onde o próprio queijo vai pagar. Cada agroindústria sabe o passo que pode dar mantendo a qualidade, mas estamos sempre, de uma maneira ou outra, estimulando o crescimento”, afirma Lima.

Comentários do Facebook