EDUCAÇÃO

Alunas da escola Faro participam da exposição Meninas na Ciência em Porto Alegre

O projeto “Gurias do Pampa nas Exatas” é desenvolvido pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) Foto: Divulgação TP

Uma troca de saberes. Assim foi a experiência vivida na última quinta-feira (12), em Porto Alegre, por quatro alunas da escola Francisco Assis Rosa de Oliveira. As candiotenses integrantes do projeto “Gurias do Pampa nas Exatas”, Eduarda Bernardi, Gabrielle Raasch, Kimberly Lopes e Nathielly Rodrigues, estiveram na exposição Meninas na Ciência – Tecendo Redes no Museu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além da visitação, elas também participaram de uma roda de conversa com o grupo portoalegrense.

Para o TP, Gabrielle, do 3º ano do Ensino Médio, contou o que trouxe com ela dessa experiência. A aluna disse que, durante a conversa, foi possível compreender que Porto Alegre, embora seja a capital do Estado, ainda enfrenta muitos problemas na questão da educação. “Por outro lado fico feliz em saber que também existem mulheres incentivando outras mulheres/meninas e provando para todas nós que podemos estar onde quisermos. Adorei conhecer o Observatório e o Centro Cultural, mas o bate-papo no Museu foi o mais interessante. Achei muito legal podermos contar para os outros o que fazemos e discutirmos sobre os resultados disso dentro da nossa escola, sobre como levamos nosso aprendizado até os colegas e tudo mais”, relatou.

Em conversa com a professora Suélen Funari, mestre em Ensino de Ciências pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa), instituição onde nasceu o projeto “Gurias do Pampa nas Exatas”, ela disse que a atividade foi bastante válida tanto para as professoras bolsistas quanto para as discentes. “Tivemos a oportunidade de trocar experiências, saber o que elas fazem e que nós podemos trazer para a nossa realidade, o que nós fazemos e elas podem adaptar lá. A ideia foi exatamente receber esse feedback das escolas e das alunas para saber como os projetos estão dialogando entre eles. Achei bastante importante e fez com que as meninas pudessem ver que, embora estejamos na região do pampa, o nosso projeto não é menos valorizado, muito pelo contrário. O movimento que elas fizeram na escola de reativação dos laboratórios, participação em eventos, aprender a escrever artigos e diversas outras atividades, tudo foi muito importante para evolução delas. Entendo que, mesmo que elas não queiram continuar na área das exatas lá na graduação, tenho certeza que serviu como empoderamento para saberem que mulher pode ocupar o espaço que se sentir a vontade”, disse.

Após a primeira participação no projeto, a aluna Eduarda, do 1º ano do Ensino Médio, mostrou-se bastante satisfeita. “Fiquei imensamente honrada pelo convite, o passeio de hoje agregou muitos conhecimentos que serão muito úteis em minha trajetória”, registrou.

A mostra apresentou fotos, textos, vídeos e obras de arte gerados pelo projeto de extensão do Instituto de Física, com o objetivo de dar visibilidade às questões de gênero, além de incentivar e difundir a presença de mulheres na ciência e tecnologia. Na oportunidade, também puderam conferir dados de pesquisas realizadas pelo projeto que mostram modelos femininos em áreas onde a representatividade desse público ainda é muito baixa.

A exposição foi promovida em parceria com o Planetário Professor José Baptista Pereira da UFRGS e do Museu da Universidade, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Educação e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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