Quem passa pela rodovia se depara com o prédio nestas condições Foto: Mário Araújo/Especial TP
O prédio que servia como uma das unidades da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-293, no município de Pinheiro Machado, aguarda um processo de demolição total. O posto, localizado no km 105,3, a alguns metros da entrada principal da cidade, está fechado desde 2014 e apresenta condições precárias.
Área da balança foi incendiada e depredada. Muito lixo também foi depositado no local.
Quem trafega pela rodovia e passa em frente ao prédio, se depara com uma estrutura sem portas e janelas, além de muito lixo. Há sinais claros da ação de vândalos e depredações, bem como de que o local foi incendiado, principalmente a área da balança. Antigamente o posto fazia parte da 7ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (Pelotas), mas atualmente, integra os locais de abrangência da 11ª Delegacia, localizada em Santana do Livramento.
Balança
A equipe do TP conversou com o policial rodoviário federal Fabiano Goia, responsável pela 7ª Delegacia, que repassou informações sobre o local. De acordo com ele, que acompanha o processo, a decisão de demolição ocorreu após não prosperar uma tentativa de convênio com a Prefeitura de Pinheiro Machado para utilização de algum órgão público ou base, como do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “O posto não será mais reativado. Não existe possibilidade de reabertura tendo em vista as condições em que se encontra. Ocorreram algumas práticas de vandalismo, inclusive com invasão da unidade. Grades foram quebradas, móveis velhos quebrados, papeis espalhados. O prédio foi invadido e já gera concentração de pessoas que não deveriam estar nesse local, o que deixa a imagem institucional comprometida”, afirma Goia.
A utilização como base do Samu seria através de um convênio entre o município e a União. A parceria foi firmada em dezembro de 2016 e a autorização de acordo de cooperação técnica nº 06/2016 foi publicada na página 99, seção 3, do Diário Oficial da União (DOU) do dia 6 de janeiro de 2017. A cedência do espaço, que seria utilizado de forma compartilhada, ocorreria pelo período de 60 meses (cinco anos). Se o convênio avançasse, na época haveria uma economia de R$ 15 mil ao ano, visto que o aluguel mensal de prédio do Samu girava em torno de R$ 1,2 mil.
Com relação ao convênio, que não foi firmado entre a PRF e a Prefeitura de Pinheiro Machado, o prefeito em exercício Jackson Cabral, informou a reportagem do TP que para utilizar a estrutura seria necessário dispor de recursos. “Teríamos que fazer várias adequações e na situação que estamos, não dispomos destes montantes”, lamentou Cabral.
