POLÍTICA

Após pedido de vereador, decisão sobre denúncia contra prefeito de Pinheiro Machado é adiada

O processo de investigação só acontece se houver a aceitação da maioria dos parlamentares

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Cabo Adão (PSDB) pediu mais tempo para analisar a matéria Foto: Divulgação TP

O público que compareceu na sessão ordinária desta terça-feira (11), na Câmara de Vereadores de Pinheiro Machado, acabou ficando sem a resposta que esperava. A expectativa era acompanhar a votação dos parlamentares diante do pedido de denúncia por infração político-administrativa contra o prefeito Zé Antônio, que acabou sendo adiada para a próxima semana (18). A denúncia foi protocolada pelo vereador Fabrício Costa (PSB) na última quarta-feira (5).

Tão logo o presidente do Legislativo, Jaime Lucas (MDB), deu início à votação, o vereador Cabo Adão (PSDB) interrompeu pedindo vistas – procedimento de retirada para análise. A ação acabou gerando um clima tenso entre os dois parlamentares, resolvido após intervenção de Gilson Rodrigues (PT), com o regulamento em mãos, validando o direito de solicitar o adiamento.
Como justificativa, Cabo Adão disse que precisaria de mais tempo para analisar a matéria. “Não sou oposição, nem situação. Eu vou pela lei. Eu não estudei bem o projeto e ainda não sei como vou me posicionar”, disse. Além disso, o vereador utilizou a ausência de Ronaldo Madruga (Progressistas) como argumento para o seu pedido. “Era uma votação muito importante para todos nós e essa ausência pode prejudicar por falta de quórum, por irresponsabilidade de uma pessoa”.

Nesse processo de votação para investigação do caso, o autor da denúncia é o único que não participa. Até o momento, somente Gilson declarou abertamente o voto. Durante sua fala, o vereador lembrou do ocorrido com Leivas e disse que aceitar o pedido de investigação não quer dizer que está condenando o Executivo. “Aceito a denúncia em respeito a esta Casa e porque também acho que vai ajudar a administração municipal. Vai ficar bom para o prefeito que tudo fique bem esclarecido”, pontuou.

AUSÊNCIA – Ainda na tarde de terça-feira (11), o vereador Ronaldo Madruga se pronunciou em uma rede social sobre a sua ausência na sessão ordinária daquele dia. Segundo ele, de última hora, foi informado sobre agenda para cumprir em Porto Alegre para tratar assuntos ligados ao Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor (Faps) e outros de importância para o município. “Não posso admitir que estejam falando que eu fugi da votação, porque eu tenho um posicionamento muito claro. Sou oposição ao governo, mas não sou inimigo de nenhum gestor. Neste momento, o que precisamos é ter consciência que o município precisa de apoio, socorro e gestão”.

RELEMBRE – Na última semana, o vereador Fabrício Costa (PSB) protocolou a denúncia contra o prefeito Zé Antônio motivado pelo atraso para emitir respostas diante de pedidos de informação. Para a efetivação e o início da investigação é preciso obter a maioria dos votos dos vereadores, durante a votação que ocorrerá na próxima terça-feira (18). O processo poderá acarretar na cassação do mandato do atual prefeito – assim como ocorreu com Luiz Fernando Leivas (PT) em 2011.

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