Funcionalismo acompanhou e se manifestou durante a audiência Foto: Gislene Farion TP
Na última segunda-feira (21), o Sindicato dos Municipários de Pinheiro Machado (SiMPiM) promoveu audiência pública para esclarecimentos da comunidade local sobre a crise financeira que o município vem enfrentando. O encontro foi no Clube Filhos da Lua.
Desta vez, diferente do que vinha acontecendo nas assembleias dos funcionários, as autoridades também foram convidadas para o debate. Segundo a presidente interina do sindicato, Ângela Régio Marques, “a presença dos vereadores – como representantes do povo – é muito importante para encontrar soluções para este problema grave que estamos enfrentando com o atraso dos pagamentos”.
Autoridades debateram a situação crítica do município Foto: Gislene Farion TP
Dezenas de associados do SiMPiM e membros do comércio local estiveram presentes na reunião. Além deles, a audiência contou com a participação na mesa dos trabalhos do prefeito Zé Antônio, do vice-prefeito Jackson Cabral, do promotor de justiça, Adoniran Lemos Almeida Filho; do procurador do município, Alex Rodrigues; do presidente do Legislativo, Jaime Lucas, e do secretário de Saúde, Éliton Rodrigues.
Na busca por explicações da real situação financeira do município, as autoridades presentes elencaram os principais pontos críticos e enfatizaram, de modo geral, a preocupação com o presente e com o futuro de Pinheiro Machado.
Na oportunidade, o prefeito Zé Antônio (PDT) destacou que as medidas cabíveis já estão sendo tomadas, entre elas o corte ou diminuição das despesas do município.
Durante o encontro, diversos associados pediram a palavra a fim de esclarecer dúvidas e propor soluções para que a administração municipal possa amenizar a crise. Ademais, ficou definido que as secretarias, em seus pequenos grupos, irão debater e entregar no próprio sindicato medidas de economia visando auxiliar o Poder Executivo.
Vereadores analisam o debate
Os vereadores Jaime Lucas (MDB) e Gilson Rodrigues (PT) repercutiram na tribuna da Câmara na última terça-feira (22), a audiência pública convocada pelo SiMPiM.
Em sua manifestação, Gilson diz não concordar em grande parte com o rumo do debate da audiência. Para ele, não são os funcionários que devem sugerir saídas e sim o Executivo, lembrando que audiência se propôs que o funcionalismo mande em envelopes fechados para o sindicato as propostas para serem entregues a Prefeitura. “Quem tem responsabilidade e dar o rumo para questões econômicas e administrativas é o Executivo e não os funcionários, que nem salários em dia recebem”, assinala, criticando ainda a postura do SiMPiM.”O sindicato foi criado para defender os direitos dos funcionários. É preciso cobrar mais, exigir do Executivo soluções concretas para os problemas e não jogar para funcionários esta responsabilidade”, alfinetou.
Já o presidente da Câmara, Jaime Lucas elogiou o encontro, o classificando de extrema importância para o município. “Acho até que não evoluímos como esperado, mas houve um ponto positivo quando todos os envolvidos se pronunciaram pela primeira vez e se colocaram à disposição em busca de alternativas”, ponderou.
Respondendo a Gilson, Jaime disse que o governo possui um planejamento de medidas e soluções, porém, segundo ele, de forma democrática, como foi na audiência, está colhendo democraticamente sugestões, principalmente dos funcionários, que estão diretamente envolvidos. Ainda fez uma análise que os governos nos últimos 10 anos perderam o controle de receita e despesa. Também, novamente pediu unidade na busca de soluções. “Temos que criar alternativas, nos unir em prol da comunidade, deixando as bandeiras partidárias de lado, pela causa do município”, convocou.
