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Audiência Pública debateu questões da estiagem em Piratini

Audiência contou com a participação de diversas lideranças

Audiência contou com a participação de diversas lideranças Foto: Maurício Goulart/Especial TP

Uma audiência Pública foi realizada na última segunda-feira (26), na Câmara de Vereadores de Piratini, para discutir a respeito da estiagem, que vem castigando os municípios da região Sul, incluindo a 1ª Capital Farroupilha, que declarou situação de emergência ainda no mês de fevereiro.

Participaram do debate o prefeito Vitor Ivan e representantes da Defesa Civil, Emater, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Banco do Brasil e Banco Banrisul, entre outras lideranças do setor.

Para o proponente da Audiência Pública, o vereador Marcial Lucas Guastuce (MDB), o período sem chuvas na região castigou produtores da área rural diante da escassez de água, tanto para consumo humano, como também para o consumo animal, além da necessidade de chuva para as plantações. “Nós fizemos este pedido de audiência pública tendo em vista a grave seca que assolou o município de Piratini, bem provável que seja uma das maiores dos últimos anos”, pondera o vereador Macega.

Com o agravamento da seca nos cinco distritos do município, a Prefeitura, através da Secretária de Agricultura e apoio da Emater/Ascar, realizou um trabalho de pesquisa a fim de buscar mais informações a respeito da estiagem e os prejuízos causados até então. “Logo, percebeu-se uma redução de 50% na cultura de milho, 30% na produção de soja, 10% na produção de tabaco, um abalo de aproximadamente 80% na lavoura de feijão, 30% na pecuária de leite nos últimos três meses, 10% na pecuária de corte e 20% na pecuária ovina. A preocupação e os prejuízos poderão aumentar ainda mais com a chegada do inverno. Na lavoura de milho, por exemplo, onde houve perda de pelo menos 50% para o pequeno produtor, o combustível e garantia na venda de seus produtos”, relata a coordenadora da Emater, Marina Sinott.

De acordo com o secretário Municipal de Desenvolvimento Rural, Jovan Itamar de Lima, a preocupação e os prejuízos para os produtores poderão aumentar ainda mais com a chegada do inverno. Desta forma, para amenizar os efeitos da seca do município, o secretário disse que as alternativas buscadas pela Pasta foram a criação de poços e bebedouros através do auxílio de maquinários. O secretário garantiu ainda, que já houve o processo licitatório para que sejam abertos outros poços, bem como ocorra a instalação e distribuição de água em alguns pontos da zona rural no município, processo este que já começou a ser realizado. “A gente percebeu, assim como também nas outras cidades da região, um déficit hídrico que carece do apoio das esferas superiores. Já está homologado pelo Estado e reconhecido pela União a situação de emergência em Piratini”, salienta o coordenador da Defesa Civil, João Domingues.

O prefeito destacou que a estiagem não é um fator muito comum, principalmente na região Sul, mas faz parte de fatores climáticos que a prefeitura está ciente e buscando alternativas. Para Vitão, não havia até então, qualquer tipo de manifestação de produtores com relação à estiagem e prejuízos, por isso, quando se ficou sabendo foi ligado o sinal de alerta e com isso, todo um estudo para analisar a situação. “Durante visita a Brasília, percorremos uma longa caminhada e discutimos a situação da seca na nossa região. Conseguimos algumas coisas, mas não haverá respostas imediatas. Pedimos caixas d’aguas, caminhão pipa, cestas básicas, entre uma série de coisas que deverão ajudar”, destaca o prefeito.

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