A 23ª edição do Canto Moleque vai ficar marcada na história como aquele que resgatou a essência do festival, que teve sua primeira apresentação em 1994 com apenas cinco participantes e todos de Candiota. Quando criado, o festival amador nasceu para dar palco à crianças, adolescentes e jovens para cantarem a música gaúcha, mas especialmente para fomentar isso nos candiotenses.
Ao longo dos anos, com uma espécie de profissionalização da iniciativa, ‘os de casa’ foram perdendo cada vez mais espaço, tanto que em 2018 – depois do festival não ter sido realizado por dois anos, apenas dois concorrentes da cidade se inscreveram.
Mas a promessa da primeira-dama Adriana Langort feita na abertura da 22ª edição ocorrida há um ano, foi cumprida, e em 2019, nada menos que 12 candiotenses subiram ao palco em todas as categorias, sendo 11 deles através do projeto Canto Moleque na Escola, que mobilizou cerca de 150 pequenos cantores entre outubro e dezembro do ano passado. “Hoje aqui é a realização de um sonho”, resumiu Adriana durante a abertura do festival realizado na noite deste sábado (23), diante de um ginásio totalmente lotado.
O prefeito Adriano dos Santos se emocionou ao falar do projeto e do resgate da essência do festival, lembrando que este foi um esforço coletivo da sua equipe e da comunidade. “Não há obra maior que podemos deixar do que investir nas pessoas e este é de fato um legado que construímos”, disse.
O secretário de Cultura, Sérgio Marques, fez questão de frisar o empenho da primeira-dama, da sua equipe, mas especialmente do prefeito Adriano, que segundo ele, não mediu esforços para que o projeto desse certo. “Nada que pedimos ao prefeito nos foi negado, pelo contrário, cada vez que conversávamos, além da liberação da solicitação, ele nos dava novas ideias”, enalteceu.
O clima no ginásio municipal era outro nesta edição. Até quem veio de fora notou a diferença. Muita gente de Candiota lotou o local onde aconteceu o festival. “Candiota está aqui novamente”, assinalou Cristiano Cesarino, que possui uma escola em Santana do Livramento e desde 1996 participa do festival.
FINAL – Dos 12 candiotenses, três deles passaram para a final disputada na noite deste domingo (24) – dia do aniversário de 27 anos do município.
Para a surpresa de muitos e nem tanto para outros, Candiota acabou levando três premiações importantes, já o seu primeiro ano de retomada de essência. Apesar do objetivo não ter sido este, as premiações vieram no sentido de coroar o trabalho.
Do projeto Canto Moleque na Escola, Natali Bordignon, da escola 20 de Agosto, cantando e encantando com a música Anita Garibaldi, levou o primeiro lugar na categoria Mirim feminino. No momento do anúncio o ginásio veio abaixo e muitos foram às lágrimas, especialmente os responsáveis pelo projeto, os músicos Augusto Maradona e Alexandre Brose.
O pequeno Mikael de Souza Marques, da escola Dario Lassance, que fez a final na categoria Mirim masculino, levou o troféu Destaque do festival.
Classificado pela triagem geral e não pelo projeto Canto Moleque na Escola, o candiotense Leonel Nardon Dias Júnior, foi só superação para levar o segundo lugar na categoria Especial masculino. No ano passado sequer ele passou à final, pois durante a apresentação classificatória esqueceu uma parte da letra, o que lhe tirou da competição.
PRÉ-MIRIM – Para o ano de 2020, a primeira-dama Adriana já anunciou, além da continuação e intensificação do projeto Canto Moleque na Escola, uma nova categoria. Será a Pré-mirim, para crianças a partir de 4 anos, com uma divisão da categoria Mirim que hoje é de 5 a 14 anos. Assim, o ano que vem terão quatro categorias (Pré-mirim, Mirim, Juvenil e Especial). “Vamos dar oportunidade também para os mais pequeninos”, disse.
RESULTADO FINAL DO 23º CANTO MOLEQUE
MIRIM
Feminino
1º lugar: NATALI BORDIGNOM – Candiota
2º lugar: MARIA FERNANDA COSTA – Porto Alegre
3º lugar: MARCELLA GARCIA PACHECO – Gravataí
Masculino
1º lugar: ANDREI EDUARDO TELES – Novo Hamburgo
2º lugar: MATHEUS PIMENTEL NUNES – Santiago
3º lugar: ARTHUR DE OLIVEIRA LIMA – Sapucaia do Sul
JUVENIL
Feminino
1º lugar: LETICIA ROENNAU – Taquara
2º lugar: KASSIA MACEDO COSTA – Gravataí
3º lugar: ISABELLE JUNG MOTTINI – Porto Alegre
Masculino
1º lugar: VITOR SANTOS MACHADO – Santiago
2º lugar: JUAN VICTOR BORGES WINZ – Livramento
3º lugar: VITOR VIANNA CAPRIOLI – Santa Maria
ESPECIAL
Feminino
1º lugar: LUIZA BENTO CASANOVA – Sapucaia do Sul
2º lugar: PYETRA HERMES – Gravataí
3º lugar: MARCELLY CACHOEIRA – Esteio
Masculino
1º lugar: GUSTAVO OLIVEIRA DA SILVA – Pelotas
2º lugar: LEONEL NARDON DIAS JUNIOR – Candiota
3º lugar: ANDRÉ LUCAS RODRIGUES MACHADO – Livramento
PREMIAÇÕES INDIVIDUAIS
Candiotenses – Projeto Canto Moleque Na Escola
Mirim Masculino – Mikael de Souza Marques
Mirim Feminino – Natali Bordignon
Juvenil Masculino – Tobias Silveira Cardoso
Juvenil Feminino – Moimara Bairros
DESTAQUE DO 23º CANTO MOLEQUE – Mikael de Souza Lima (Candiota)
MELHOR GRUPO CARACTERIZADO – Alexandre Brose – Augusto Maradona – Alexandre Barreto – Francisco Teixeira – Leonardo Vaz / Acompanharam Leonel Nardon Dias Junior (Candiota)
MELHOR TEMA SOCIAL – Música “Quando Tu Foste Pra Guerra” – Virginia Melo (Júlio de Castihos)
MELHOR TEMA AMBIENTAL – Música “Dança dos Trigais” – Letícia Roenau (Gravataí)
MELHOR INSTRUMENTISTA – Leonardo Schneider (Uruguaiana)
MELHOR GRUPO INSTRUMENTAL – Willian Warela – Rafa Martins – Alexandre Scherer – Cássio Figueiró
CIDADE COM MAIOR NÚMERO DE PARTICIPANTES – Porto Alegre