NOVOS TALENTOS

Candiotense é escolhido destaque do 23º Canto Moleque

O jovem participou das oficinas promovidas pela Secretaria de Cultura

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Acompanhado do pai, o jovem talento visitou o Tribuna do Pampa Foto: Gislene Farion TP

Se para muitos o Canto Moleque teve fim no último domingo (24), para o pequeno Micael de Souza Marques o festival parece não terminar tão cedo. Durante o ato de premiação, ele foi escolhido pelos jurados o destaque da edição de 2019. Na tarde desta quarta-feira (27), ele visitou a redação do Tribuna do Pampa e contou como foi a participação em um dos maiores festivais nativistas do Estado e o maior em sua categoria.

Falante e orgulhoso pela conquista, o jovem talento de apenas 10 anos destacou a importância de ter participado do projeto desenvolvido pela Secretaria de Cultura de Candiota, onde recebeu instruções de canto e presença de palco. “Vou te dizer que eu não gostava muito de música nativista. Eu sou gaiteiro e sempre preferi alguma música mais animada. Até que o (Augusto) Maradona e o Alexandre (Brose) acharam uma que fosse o meu estilo. Eles me apresentaram “Entrando no Bororé”. Fui para a casa e logo em seguida aprendi”, disse.

Na oportunidade, o pai, Ezequiel Marques da Silva, contou que a participação do filho no projeto e no Canto Moleque foi mais um motivo de orgulho para a família. “Ele é um guri estudioso, responsável e que tem muita facilidade de aprender. Por não conhecer a música que ia cantar e nunca ter subido num palco, ele chegava do ensaio e tentava colocar em prática tudo que tinham ensinado. Não sossegava enquanto não estivesse bom”, detalhou.

Pelo resultado, o Micael fez direitinho a lição de casa proposta pelos instrutores do projeto e deu o seu show. Subiu ao palco do Canto Moleque pela primeira vez e mostrou a que veio. Segundo relatos, no momento em que foi chamado para receber o prêmio, muito curioso ele perguntou: “mãe, o que é ser um destaque?”. Diante de muitos aplausos, a resposta veio logo. Entre os 60 participantes do festival, Micael brilhou.

Apesar disso, a gaita, companheira do Mica desde os 5 anos de idade – gosto herdado pelo avô paterno e por membros da família da mãe, Keila de Souza Azevedo – continua sendo a sua grande paixão. Para o TP, ele ainda disse ter planos para a carreira musical, mas não é só isso. “Agora eu quero mesmo é que outras crianças tenham a oportunidade que eu tive de participar daquelas oficinas. Ainda não pensei em participar de outros festivais, por enquanto quero uma gaita nova e me preparar para cantar em Vacaria”, confessou. O Rodeio Internacional de Vacaria é o próximo destino dos participantes das oficinas mais bem colocados no Canto Moleque. “Quero aprender mais sobre música, mas também quero estudar e fazer uma faculdade”, contou.

Questionado sobre a sensação de subir ao palco, encarar o público e fazer sua apresentação, o menino lembrou a coordenadora de Tradicionalismo da Secretaria de Cultura, Julia Graziela Azambuja – que fez parte do projeto com os jovens talentos. “Eu subi no palco e senti aquele frio na barriga. Na hora lembrei o que a Julia dizia nos ensaios – ‘se não tiver o frio na barriga nada faz sentido’ – e eu vi que fez, eu cantei e consegui mostrar tudo que eu aprendi com os meus professores,” finalizou.

PRÓXIMA EDIÇÃO – Na terça-feira (2), o TP repercute a conversa com Nataly Bordignon – 1º lugar na categoria mirim feminino da 23ª edição do Canto Moleque.

Micael recebeu o prêmio da primeira-dama Adriana Langort Foto: Navarrina Filme & Fotografia/Especial TP

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