TALENTO

Candiotense ministra oficina de artesanato com lã de ovelha em Porto Alegre

A atividade é parte do evento Lã crua, fios da memória - O saber fazer da mulher gaúcha

Nilva Schwert, da Fios e Vestes, representa Candiota no evento Foto: Divulgação TP

Aconteceu na terça-feira (13), a partir das 14h30, a participação de uma artesã candiotense no evento “Lã crua, fios da memória – O saber fazer da mulher gaúcha”, no Memorial do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Nilva Schwert, de 62 anos, ministrou a oficina de tricô de dedo. A atividade é aberta ao público mediante inscrição prévia e oferecida de forma gratuita.

Nesta segunda-feira (12), o TP conversou com a artesã, responsável pelo empreendimento Fios e Vestes, que contou sobre a sua participação. “Fui convidada para fazer uma entrevista e, se selecionada, concorrer a uma das vagas para as oficinas durante o evento lá em Porto Alegre. Fui avisada que meu nome tinha sido sorteado para representar a cidade de Candiota enquanto vendia minhas peças na Fenadoce. A expectativa é de que vai ser muito bom e já soube que as inscrições para a minha oficina já estão esgotadas”, disse.

Nilva trabalha com artesanato em lã há aproximadamente 17 anos. A partir de um trabalho produzido com muita qualidade e dedicação, a Fios e Vestes comercializa peças de vestuário em lã crua para homens e mulheres, como mantas, meias e ponchos.

SAIBA MAIS – Além de uma série de outras oficinas de artesanato, o evento conta ainda com a de educação patrimonial para as escolas, exposição, roda de conversa, seminário técnico sobre a cadeia produtiva da lã no Estado e ciclo de debate sobre fibras naturais no design. A programação teve início no dia 23 de julho e se estende até 25 de agosto.

Entre os destaques, a exposição que traz a matéria-prima lã de ovelha e sua importância no Estado em que o frio é uma marca diferencial. Exibe ainda documentos e imagens do arquivo histórico do Rio Grande do Sul sobre a história econômica da lã, além de fotos do Museu Hipólito da Costa e parte do acervo do extinto Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF).

Há também objetos e artefatos do saber fazer das artesãs rurais que contam suas histórias, além de peças de lã de valor afetivo de diversas pessoas. Aborda, ainda, a indústria da lã atualmente, com o trabalho da Emater junto aos pequenos e médios pecuaristas, a reconstrução da cadeia produtiva da lã e as empresas gaúchas em evidência.

A promoção é do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul (Mars) e da Emater/RS – Ascar (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural), além de contar com a parceria das Secretarias de Cultura, Desenvolvimento Econômico, Turismo, Trabalho e Assistência Social – através da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS). De acordo com a organização, o evento busca visibilizar, preservar e salvaguardar o saber fazer da lã da ovelha como conhecimento tradicional e de referência cultural do patrimônio imaterial do Estado.

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