O músico tradicionalista Gaúcho da Fronteira fará uma transmissão ao vivo (live) no próximo sábado (19), a partir das 19h30min, direto do Castelo de Pedras Altas. O objetivo é arrecadar recursos para melhorias e manutenção na construção, inaugurada em 1912 pelo político Joaquim Francisco de Assis Brasil e tombada pelo Patrimônio Histórico.
A transmissão será diretamente pelo canal Gaúcho da Fronteira no YouTube, já que devido a pandemia e das medidas de distanciamento social, não será permitido a presença de público nos locais das apresentações.
SOBRE O PROJETO – O show do Gaúcho da Fronteira faz parte do projeto Gaúcho Coração, iniciado em maio pelo gabinete do deputado federal Jerônimo Goergen (Progressistas). O projeto contempla artistas gaúchos com o custeio dos shows por meio de lives patrocinadas. Interessados podem fazer doações para recuperação do castelo por meio do Sicredi, agência 0523, conta 00027179-2.
O projeto começou em maio e até o encerramento, previsto para o mês de outubro, devem ser realizadas cerca de 100 lives. “É um dos maiores festivais de música que já se produziu no Estado, pelos números envolvidos e o tempo de duração, com cinco meses de atividades culturais. A nossa estimativa é que sejam beneficiados diretamente cerca de 1,5 mil trabalhadores da música, entre cantores, instrumentistas, iluminadores, técnicos de som e produtores musicais. O setor de entretenimento foi um dos mais castigados durante a pandemia”, destacou o parlamentar.
As lives realizadas durante a Semana Farroupilha também vão beneficiar três Centros de Tradições Gaúchas: CTG Tiarayú (Porto Alegre), CTG Pompílio Silva (Santo Augusto) e Tropeiros de Campo Santo (Coronel Bicaco).
O CASTELO – A fortaleza de linhas medievais, com pedras de granito rosado, refletiu a filosofia de seu dono. O diplomata de São Gabriel pretendia demonstrar ser possível viver no campo sem embrutecer. Dentro das torres e ameias, ele reuniu o maior acervo cultural familiar do Rio Grande do Sul. Assis Brasil montou uma biblioteca de 15 mil volumes, entre clássicos em inglês, francês e latim. Pretendia transformá-la em museu público.
O castelo de 44 cômodos está fechado desde 2017, quando Lydia de Assis Brasil, uma das bisnetas, mudou-se da propriedade por ser impossível mantê-la sozinha. Vazamentos comprometeram a mobília importada de Nova York e Paris. A umidade deteriorou obras como os 22 volumes da enciclopédia de Diderot e D’Alambert, de 1751.