PROJETO GAÚCHO CORAÇÃO

Castelo de Pedras Altas será palco de transmissão ao vivo do Gaúcho da Fronteira

Tradicionalista cantará direto do local, em 19 de setembro, a partir das 19h30, para arrecadar recursos para o castelo

Castelo está fechado para visitação desde 2017 Foto: Arquivo TP

O músico tradicionalista Gaú­cho da Fronteira fará uma transmissão ao vivo (live) no próximo sábado (19), a partir das 19h30min, direto do Castelo de Pedras Altas. O objetivo é arrecadar recursos para melhorias e manuten­ção na construção, inaugurada em 1912 pelo político Joaquim Fran­cisco de Assis Brasil e tombada pelo Patrimônio Histórico.

A transmissão será di­retamente pelo canal Gaúcho da Fronteira no YouTube, já que devido a pandemia e das medidas de distan­ciamento social, não será permitido a presença de público nos locais das apresentações.

SOBRE O PROJETO O show do Gaúcho da Fronteira faz parte do projeto Gaúcho Coração, iniciado em maio pelo gabinete do deputado federal Jerônimo Goergen (Progres­sistas). O projeto contempla artistas gaúchos com o custeio dos shows por meio de lives patrocinadas. Interessados podem fazer doações para recuperação do castelo por meio do Sicredi, agência 0523, conta 00027179-2.

O projeto começou em maio e até o encerramento, previsto para o mês de outubro, devem ser realizadas cerca de 100 lives. “É um dos maiores festivais de música que já se produziu no Estado, pelos números envolvidos e o tempo de duração, com cinco meses de ativi­dades culturais. A nossa estimativa é que sejam beneficiados diretamente cerca de 1,5 mil trabalhadores da música, entre cantores, instrumen­tistas, iluminadores, técnicos de som e produtores musicais. O setor de entretenimento foi um dos mais castigados durante a pandemia”, destacou o parlamentar.

As lives realizadas durante a Semana Farroupilha também vão beneficiar três Centros de Tradições Gaúchas: CTG Tiarayú (Porto Ale­gre), CTG Pompílio Silva (Santo Augusto) e Tropeiros de Campo Santo (Coronel Bicaco).

O CASTELO A fortaleza de linhas medievais, com pedras de granito ro­sado, refletiu a filosofia de seu dono. O diplomata de São Gabriel preten­dia demonstrar ser possível viver no campo sem embrutecer. Dentro das torres e ameias, ele reuniu o maior acervo cultural familiar do Rio Grande do Sul. Assis Brasil montou uma biblioteca de 15 mil volumes, entre clássicos em inglês, francês e latim. Pretendia transformá-la em museu público.

O castelo de 44 cômodos está fechado desde 2017, quando Lydia de Assis Brasil, uma das bisnetas, mudou-se da propriedade por ser impossível mantê-la sozi­nha. Vazamentos comprometeram a mobília importada de Nova York e Paris. A umidade deteriorou obras como os 22 volumes da enciclopédia de Diderot e D’Alambert, de 1751.

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