Os trabalhadores da Companhia Riograndense de Mineração (CRM)/Minha de Candiota, em greve desde o dia 2 de março, se reúnem em assembleia na manhã desta terça-feira (10), a partir das 9h, para analisar uma nova proposta feita pela direção da estatal.
Segundo o presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Moisés Rodrigues, a nova proposta não atende o pedido da categoria, mas analisou que a decisão cabe à ela na assembleia.
Moisés ainda informou que está marcada para esta quarta-feira (11), uma nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região (TRT4), em Porto Alegre.
Como a informação da assembleia chegou ao jornal somente na noite desta segunda, não foi possível contatar a CRM, que publicamente ainda não se pronunciou sobre a greve.
GREVE – A decisão pela greve, que completou uma semana nesta segunda, é porque a proposta de acordo coletivo 2019/2020 feita pela CRM não vislumbra reajuste em nenhuma das cláusulas econômicas (salário-base, vale-alimentação e auxílio creche e estudantil), além de retirar, por exemplo, a folga do Dia do Mineiro, comemorado anualmente em 4 de dezembro, bem como outros benefícios, segundo o Sindicato. Os trabalhadores pedem as perdas inflacionárias do período (INPC) de 5,07% e a manutenção de todas as outras cláusulas do acordo ainda em vigência.
O movimento grevista garante que a adesão é praticamente total da categoria, sendo que 30% dos serviços essenciais (moagem e beneficiamento carvão) estão sendo mantidos. A Mina de Candiota abastece de carvão mineral a Usina de Candiota (Fase C), com capacidade de 350MW/h.
