ALAGAMENTOS NA REGIÃO

Chuvas intensas alagam residências e bloqueiam estradas

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As precipitações alcançaram a marca dos 150 milímetros Foto: Divulgação TP

O grande volume de chuvas que atingiu diversos municípios causou muitos transtor­nos em toda região. Na maioria das cidades, as precipitações alcançaram a marca dos 150 milímetros somente na madrugada de quarta-feira (9), quando foi registrada a primeira chuva intensa. Residências foram invadidas pelas águas e o acesso ao interior dos mu­nicípios interrompido devi­do aos alagamentos, como registrado em Candiota em pelo menos três pontes, nos assentamentos Com­panheiros de João Antônio, Vinte e dois de Dezembro e Nossa Senhora Aparecida, que dá acesso a Sede do município. Também estive­ram bloqueados os acessos por Seival, Hulha Negra e Passo do Neto.

Em Candiota, acesso ao interior ficou bloqueado Foto: Divulgação TP

A área de saúde tam­bém foi afetada. O atendi­mento no Posto de Saúde da Sede de Candiota teve que ser reduzido até as 12h na quarta-feira devido ao alagamento de salas. O atendimento do Estratégia da Família Rural (ESF Ru­ral), também foi cancelado em razão da água que ul­trapassou a altura da ponte.

Na manhã de quinta­-feira (10), uma nota en­viada pela Prefeitura de Candiota informava que uma equipe da secretaria de Obras, responsável pelas estradas, estava auxiliando a comunidade e o acesso já estava normalizado apesar de apresentar uma extensa fila de veículos.

Em Hulha Negra, há pelo menos o registro de alagamentos em quatro residências, principalmente localizadas na rua Serafim dos Santos, próximo ao Bar e Mercearia Bom Jesus e a praça Manda Brasa. O grande volume de chuvas assustou os moradores, que acordaram no meio da ma­drugada de quarta já com água dentro de suas casas. De acordo com a moradora Larissa Pimentel, que teve a casa invadida pela água, há dez anos não acontecia uma situação como esta. “Meu pai fez uma obra em casa para evitar alagamen­tos e depois de dez anos me deparo com a mesma situa­ção”. Em sua página no Fa­cebook, ela desbafou. “Não consigo explicar a sensação triste que é acordar e ver suas coisas boiando dentro da água. Coisas que você pagou caro agora já podem até estar indo embora no meio dessa enchente”, dis­se a moradora.

Residências foram tomadas pelas águas em Hulha Negra. Cozinha de uma residência Foto: Larissa Pimentel/Especial TP

Outros pontos da cidade também sofreram com a forte chuva. Ruas ficaram alagadas e resi­dências completamente tomadas pelas águas. Um casal de idosos precisou do auxílio e vizinhos para levantar os móveis e deixar a casa localizada próximo a escola Monteiro Lobato.

Na região, os mu­nicípios de Bagé e Dom Pedrito também registra­ram grandes transtornos de alagamentos. A Defesa Civil de Bagé, em nota, comunicou que desde as primeiras horas da manhã da quarta-feira (9) estava fazendo levantamento dos registros. Já na Capital da Paz o registro foi ainda pior. Bairros ficaram com­pletamente alagados e as casas com água que chegou a uma altura média de 50 centímetros.

Em Bagé, pontos ficaram parecendo cachoeiras. Ponte do Paredão (foto), ficou submersa Foto: Diones Alves/Especial TP

A situação se agra­vou nesta quinta-feira (10). O acúmulo de chuvas, que chegou a 188 milímetros na área urbana, já ocasionou a retirada de famílias ribei­rinhas para abrigos. Até o fechamento desta edição, informações do pedritense André Úria repassadas ao TP apontavam que o Rio Santa Maria já havia atingi­do a marca dos 5,50 metros acima do nível normal e a previsão era de uma suba ainda maior.

Em Dom Pedrito, rua ficaram alagadas. Pessoas andavam com água na altura dos joelhos Foto: Qwerty Portal de Notícias/Especial TP

Em Pinheiro Ma­chado não houve registro de alagamentos e o prefeito de Pedras Altas, Bebe­to Perdomo estava com sua equipe no interior do município para verificar possíveis problemas. Se­gundo o prefeito, apenas a localidade de Nascente sofreu com alagamentos e deixou moradores ilhados.

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