ABASTECIMENTO

Consumo baixo faz racionamento de água praticamente não existir em Candiota

Conclusão da ETA central vai possibilitar maior capacidade de produção de água tratada

Conclusão da ETA central vai possibilitar maior capacidade de produção de água tratada Foto: Arquivo TP

Tecnicamente, com exceção da Vila Residencial, todas as comunidades urbanas de Candiota estão sob regime de racionamento de água desde o último sábado (10). Pela programação estabelecida, o racionamento acontece das 8h às 11h e das 14h às 17h. O que levou a se tomar a medida foi o alto consumo e falta de capacidade maior na produção de água tratada pelo atual sistema.

Contudo, segundo explica o chefe do Setor de Saneamento do município, Márcio Lopes, desde que foi anunciado o racionamento, o consumo tem diminuído significativamente e na prática a contenção não está acontecendo. “A população parece estar consciente e o consumo está bem menor do que verificamos antes de anunciar a medida e isso está fazendo com que possamos manter as redes abastecidas o tempo todo. Porém, caso haja elevação do consumo, precisaremos lançar mão do corte nos horários estabelecidos. Se todos colaborarem, talvez possamos passar sem ter que fechar o sistema”, avalia Márcio.

Também, Márcio explicou, que a decisão de não acionar o racionamento a pleno, é pelo transtorno que causa, pois quando a água retorna às torneiras, vem com sujeira e isso proporciona desperdício, pois é preciso deixá-las abertas para limpar. Outra situação desagradável que a interrupção causa é a demora para a chegada da água nas chamadas pontas de rede e locais mais altos.

Ainda, ele explicou que na Vila Operária, houve falta de água nos últimos dias, mas não em função do racionamento, e sim por quedas de energia.

Paradoxalmente e diferente de Bagé, por exemplo, Candiota, mesmo já tendo decretado emergência em função da estiagem, não possui problemas de falta, ainda, de água bruta, ou seja, água nos reservatórios da Vila Operária, Sede e no arroio Candiota se tem suficiente. Como já dito e explicado pelos técnicos, a fragilidade do sistema de tratamento e distribuição é que são os problemas.

Conforme o monitoramento, mesmo abaixo do normal, os reservatórios de água bruta (não tratada) se mantêm. A barragem da Vila Operária está a dois metros abaixo do normal, o arroio Candiota a 1 metro e o reservatório da Cidade de Candiota a 3 metros abaixo. “Ainda, nossas reservas de água bruta estão num nível aceitável”, afirma Márcio.

Segundo o Setor de Saneamento, com a conclusão e entrada em operação das duas novas estações de tratamento de água (ETAs) da Vila Operária e da Sede, bem como, a colocação de hidrômetros, serão passos significativos para melhorar de forma considerável os problemas hoje enfrentados.

 

Comentários do Facebook