A conta secreta de Cunha

Em meados de 2015, quando o cerco ao ex-deputado Eduardo Cunha começava a se fechar na Suíça. Funaro e Joesley Batista mobilizaram advogados para tentar evitar que os dados das contas do deputado no exterior fossem enviadas ao Brasil. Funaro afirma que viajou a Genebra, reuniu-se com o advogado do peemedebista e chegou a bancar os custos da defesa do ex-deputado na Europa. “Cunha achava que iria conseguir reverter a remessa de informações ao Brasil”, disse o delator. Em seu relato, Funaro também revela dados de uma conta de Cunha que, ate agora, não tinha sido mencionada na Lava-Jato. Ele declara ter feito, entre 2003 a 2006, remessas para o Northrn Bank, em Nova York. Batizada de “Glorieta LLP”, a conta de Cunha está em nome de uma offshore da Oceania. Eduardo Cunha também costumava informar Funaro sobre o andamento dos projetos e das negociatas que renderiam propina ao grupo no Congresso. Era dessa forma, segundo o delator, que ele ficava sabendo das operações ilícitas em curso na Câmara e no Senado. Entre os citados estão: Sandro Mabel (e milhões de reais), Marcelo Castro (1 milhão) Soraya Santos (1 milhão) e Alexandre Santos (1 milhão). O deputado Sergio Souza, que foi relator da CPI dos Fundos de Pensão. Por fim, Toninho Andrade, o atual vice-governador de Minas Gerais, pediu e recebeu 25 milhões de reais para favorecer as empresas do grupo JBS quando ocupava o cargo de ministro da Agricultura do governo Dilma, em 2014.

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