RURAL

Contrastes climáticos alteram época de plantio de soja dos municípios da região

Emater/Ascar já estima perdas que podem chegar até 15%

Em algumas lavouras está sendo necessário ressemear

Em algumas lavouras está sendo necessário ressemear Foto: Divulgação TP

O grande volume de chuvas que atingiu os municípios da região nos meses de setembro e outubro já estima o princípio de prejuízos para os produtores. Principalmente o plantio de soja, maior cultura de verão cultivada na região, que já era para estar há certo tempo 100 % concluído, na semana passada apresentava 90%. Isso se deve ao contraste climático que afetou as lavouras, inicialmente com precipitações que chegaram a dobrar a média mensal e, posteriormente, com chuvas que não achegaram a atingir 40% da estimativa.

Perske já estima alguns prejuízos

Perske já estima alguns prejuízos Foto: Divulgação TP

De acordo com o gerente regional da Emater, em Bagé, Rodolfo Perske, a variação de chuvas fora da normalidade já começa a mostrar alguns prejuízos, que ao final da colheita, podem chegar a 15%. “Até a semana passada tínhamos apenas 90% da área destinada para o plantio de soja semeada devido à falta de chuvas. Na época indicada para o plantio ocorreram sucessivas chuvas e não era possível entrar nas lavouras.

Posteriormente, não havia umidade no solo, o que impedia as plantas de germinarem. Nesta semana a estimativa de área plantada aumentou, porém muitos produtores necessitaram ressemear as plantações, situação que demanda um aumento de trabalho, mas principalmente de custo, ou seja, gasto em dobro”, explica, salientando que os produtores optam pelo novo gasto, pois muitos já compraram insumos e arrendaram áreas, não sendo possível desfazer negócios. Ele explica também, que os problemas ocorreram nas plantações de arroz e milho, além de apesar de ser em menor quantidade.

Questionado quanto a situação relativa da água, tanto para consumo humano como animal, visto o baixo índice de chuvas recentes, Perske diz que ainda não foram registradas reclamações de falta de água por parte dos produtores. “Com as chuvas iniciais os reservatórios ficaram cheios e começaram a diminuir agora com as precipitações bem abaixo, mas ainda não foram contabilizados problemas devido a isso, principalmente em propriedades que possuem maiores estruturas, tanto naturais como de armazenamento de água”, expõe o gerente.

Comentários do Facebook