Cultura digital

Eu sou um sujeito teimoso. De outra época. Tentando me adaptar aos tempos atuais.
Vivemos a era do entretenimento e da cultura digital. Porém, esta era não inclui a leitura de livros postados na internet. Postei um, o que escrevi e trata da Escola Municipal Monteiro Lobato; experiência que até agora parece ineficaz. As pessoas que me conhecem, muito interessadas, sempre perguntam:
– Onde encontro?
– Conheces o Google?
Do outro lado vem aquele sorriso de quem não sabe se entendeu a piada.
– Quem não conhece o Google?
Seres muito conectados têm certa dificuldade em realizar pesquisas. Acrescento o óbvio.
– Coloca o meu nome no Google e pesquisa que tu achas.
Durante um Seminário Internacional de Diversidade Cultural foi promovido um processo participativo de construção de uma agenda de cultura digital. Os pesquisadores e ativistas Bianca Santana e Sergio Amadeu da Silveira sistematizaram um texto final que conceitua cultura digital:
“Reunindo ciência e cultura, antes separadas pela dinâmica das sociedades industriais, centrada na digitalização crescente de toda a produção simbólica da humanidade, forjada na elação ambivalente entre o espaço e o ciberespaço, na alta velocidade das redes informacionais, no ideal de interatividade e de liberdade recombinante, nas práticas de simulação, na obra inacabada e em inteligências coletivas, a cultura digital é uma realidade de uma mudança de era. Como toda mudança, seu sentido está em disputa, sua aparência caótica não pode esconder seu sistema, mas seus processos, cada vez mais auto-organizados e emergentes, horizontais, formados como descontinuidades articuladas, podem ser assumidos pelas comunidades locais, em seu caminho de virtualização, para ampliar sua fala, seus costumes e seus interesses. A cultura digital é a cultura da contemporaneidade”.
Fonte: http://culturadigital.br/conceito-de-cultura-digital
Se eu tiver que escrever com uma linguagem destas para ser entendido, desisto da literatura.

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