Decisão no primeiro turno

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Não parece haver possibilidade de algum candidato vencer as eleições no primeiro turno, o que não significa que a decisão ocorrerá no segundo.
Bolsonaro, que ganhou um aliado inesperado nos últimos dias e uma exposição na mídia que nem todos os demais candidatos juntos tiveram, deverá estar no segundo turno, salvo uma reviravolta, sempre possível quando se trata de política. Resta saber o nome de quem ganhará as eleições, uma vez que haverá segundo turno e ganhará quem também estiver lá. Neste momento, ao que parece, Ciro Gomes ou Haddad estarão no segundo turno.
Ciro Gomes deve ganhar após chegar ao segundo turno e ampliar a vantagem que as últimas pesquisas mostraram. Falando com fluência e facilidade uma linguagem fácil de compreender, Ciro Gomes poderá continuar crescendo até as eleições em primeiro turno com os votos dos indecisos, de quem simpatiza com Marina e a vê a cada dia mais inviável, com os votos dos outros que de certa forma sempre foram inviáveis.
Haddad é bacharel em direito, mestre em economia e doutor em filosofia, todos os cursos feitos na Universidade de São Paulo. Foi ministro da educação e prefeito de São Paulo. De certa forma, é Lula dependente, mas poderá chegar. Haddad, que neste momento representa a extrema esquerda e chegando ao segundo turno também ganhará, com Lula ganhando mais expressão.
A diferença de nível cultural, intelectual, de conhecimento e sabedoria, aliadas as experiências administrativas de Ciro Gomes ou Haddad ficará evidente, comparada a pobreza intelectual e a verborragia de Bolsonaro que afirma que sempre foi do baixo clero em Brasília, o que significa apenas que tem sido por décadas um deputado inexpressivo.
Quando restarem apenas dois candidatos, tudo ficará mais claro. Bolsonaro é o preferido dos fazendeiros; Ciro Gomes ou Haddad, dos trabalhadores. Bolsonaro será o candidato dos ricos; Ciro Gomes ou Haddad, dos pobres. Bolsonaro será o candidato dos brancos, altos, de olhos claros, moradores em condomínios fechados; Ciro Gomes ou Haddad, dos negros ou pardos, jovens e pobres que morrem nos morros e bairros miseráveis de um país que nunca soube distribuir adequadamente a riqueza que produziu; Bolsonaro representará a elite dominante, egoísta e historicamente concentradora de renda; Ciro Gomes ou Haddad, o Brasil que foi roubado dos índios, construído por negros e mestiços para promover a riqueza dos brancos europeus colonizadores e imperialistas
E assim segue a vida, aguardando o necessário voto qualificado do eleitor. Como diz o hino rio-grandense, “povo que não tem virtude, acaba por ser escravo”.

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