CORONAVÍRUS

Decreto endurece medidas e comércio bageense precisa fechar as portas por sete dias

Determinação é para fechamento nos próximos sete dias Foto: Arquivo TP

Frente à confirmação de dois casos de coronavírus já diagnosticados em Bagé, nesta quinta-feira (19), o prefeito Divaldo Lara realizou pronunciamento oficial por meio dos canais de informação da Prefeitura e de suas redes pessoais. Logo em seguida, o comitê formado para acompanhamento da situação, reuniu-se emergencialmente e divulgou medidas mais severas para barrar o avanço do vírus em solo local.

Com representação de autoridades de saúde, entidades e instituições do poder público e privado, entre elas Exército Brasileiro, 7ª Coordenadoria Regional de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, a reunião resultou na determinação do fechamento do comércio local, academias, universidades e todo tipo de serviço, exceto os essenciais, por sete dias. Os restaurantes e lancherias devem funcionar em regime de delivery (entrega domiciliar).

Estas medidas já estão valendo desde a meia-noite sexta (20) e, após o prazo estipulado, uma nova reunião deve avaliar a permanência ou não das determinações. Serviços essenciais como farmácias, clínicas de atendimento, mercados e postos de combustíveis e bancos continuam em funcionamento.

Também foi emitido o decreto 050 de 19 de março de 2020, declarando estado de calamidade pública em toda a extensão do município, para fins de prevenção e de enfrentamento à epidemia causada pelo Covid-19. Entre as principais medidas, estão a proibição, pelo prazo de 15 dias, diante das evidências científicas e análises sobre as informações estratégicas em saúde de:

* Circulação e do ingresso, no território do município, de veículos de transporte coletivo interestadual, público e privado, de passageiros;
– da realização de eventos e de reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado, incluídas excursões, cursos presenciais, missas e cultos religiosos, com mais de trinta pessoas.
– Aos produtores e aos fornecedores de bens ou de serviços essenciais à saúde, à higiene à alimentação de elevar, excessivamente, o seu preço ou exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva, em decorrência da epidemia causada pelo Covid-19.

Entre as determinações, estão que o transporte de passageiros, público e privado, urbano e rural, em todo o território do município, seja realizado sem exceder a capacidade de passageiros sentados; fiscalização pela Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (SSM) e Coordenadoria de Vigilância Sanitária dos estabelecimentos, entidades e empresas, transporte público, acerca do cumprimento das normas estabelecidas no decreto.

O decreto também autoriza que sejam adquiridos bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do vírus, com dispensa de licitação, observando a lei federal nº 13979.

Um sistema mais intenso de limpeza no transporte coletivo foi determinado por meio de documento construído com participação do comitê e assinado pelo prefeito, que traz, ainda, diversas recomendações.

As repartições da administração pública municipal devem limitar o atendimento presencial ao público apenas aos serviços essenciais, bem como organizar as escalas de servidores para reduzir a circulação desnecessária, priorizando o teletrabalho e o revezamento.

Todas as orientações oficializadas no decreto estarão disponíveis no site da Prefeitura Municipal de Bagé (www.bage.rs.gov.br). Diariamente, às 17h, será emitido boletim oficial na página da Prefeitura no Facebook, com as informação atualizadas sobre a pandemia.

DIFICULDADES – Na manhã desta sexta, a Prefeitura com auxílio da Brigada Militar precisou fazer o fechamento da Feita Livre, no centro da cidade. Também o prefeito reforçou em suas redes sociais o pedido aos comerciantes para o fechamento, evidenciando que ainda há certa resistência de alguns. “É necessário, neste momento, que todos compreendam a gravidade da situação aqui de Bagé com relação ao coronavírus. Temos dois casos confirmados e é preciso a colaboração com as determinações do Decreto, principalmente o comércio, ao fechar suas portas”, escreveu.

Contudo, as informações que chegam é que a grande parte do comércio da maior cidade da região está fechado.

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