QUESTÃO ENERGÉTICA

Deputado Afonso Hamm afirma que governo federal é aliado do carvão

Ele defende que é preciso uma sensibilização política maior para a criação de políticas públicas para o setor

Hamm é vice-presidente da Frente Parlamentar do Carvão Mineral no Congresso Nacional e participou na última sexta-feira (29) do 6º Seminário de Energias, em Candiota Foto: J. André TP

Em entrevista ao Tribuna do Pampa durante o 6º Seminário de Energia, realizado em Candiota no último fim de semana, o deputado federal bageense Afonso Hamm (Progressistas) disse que este é um momento de sensibilização do novo governo federal em relação ao carvão mineral, bem como dos governos do Estado, especialmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “As políticas são definidas em âmbito nacional, mas fomentadas do ponto de vista do interesse dos estados”, afirmou Hamm, que é o vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral no Congresso Nacional.

O deputado lembrou que já se levou esta questão ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a necessidade de se fazer a modernização do parque térmico a carvão (como por exemplo as fases A e B da Usina de Candiota) e se ter uma política industrial para o carvão em duas vertentes: geração de energia e aproveitamento carboquímico (fertilizantes e outros produtos), além de resíduos e subprodutos. “Sobre isso o ministro já está sensibilizado. Ele já foi a Santa Catarina e foi na posse da nossa Frente Parlamentar”, disse.

BOLSONARO – O deputado revelou que chegou a pensar em trazer o presidente Jair Bolsonaro (PSL) para inaugurar a UTE Pampa Sul, mas que isso não se viabilizou. “A ideia da vinda do presidente era também sensibilizá-lo sobre o carvão. A Frente Parlamentar trabalha em provocar em algum momento, seja num evento ou numa audiência, o presidente Bolsonaro sobre a questão do carvão. Ele não tem nenhum constrangimento em apoiar o carvão. Pela primeira vez nos últimos tempos, sem questões partidárias, sabemos que o presidente e o ministro não tem esse problema”, assinala Hamm.

FINANCIAMENTO – Por fim, Hamm afirmou que a Frente está trabalhando ainda a volta do financiamento público para as usinas à carvão. “Minha tese é que os governos estaduais tenham maior envolvimento e achamos que o Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), que envolve os três estados do Sul, deve entrar nisso. Ele não tem o recurso, mas demanda o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). O maior problema dos projetos é a falta de uma linha de crédito”, destaca.

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