Divulgar nomes, além de ilegal não é importante, alerta COE de Candiota

Há um apelo popular, especialmente nas redes sociais, inclusive o jornal recebe pressão neste sentido, para que haja divulgação de nomes das pessoas que estão com Covid-19.

A divulgação sem o consentimento, segundo a coordenadora do Comitê de Operações Especiais (COE) da Covid-19 de Candiota, enfermeira Ariadne Meira, além de ilegal e submeter as pessoas a uma exposição desnecessária e de constrangimento, é uma prática ilegal.

A divulgação de nomes, em termos mais amplos e em alguns casos por relevância jornalística pode acontecer, porém devem obedecer critérios.

Também, a enfermeira destaca que essa é uma informação não fundamental para que haja medidas de prevenção, bem como causa uma falsa sensação de alívio. De forma sigilosa, as autoridades sanitárias sabem quem são as pessoas e a partir daí buscam o mapeamento e a investigação dos contatos, alertando, isolando e testando as pessoas.

A representante do COE afirma que antes de saber o nome, as pessoas devem entender que estamos no meio de uma pandemia de uma doença sem remédio, sem vacina e que é transmitida pelo contato. “Tem pessoas que tomaram chimarrão e beberam no mesmo copo, parecendo que estamos numa normalidade”, alerta a profissional.

Ela reforça que as autoridades de saúde jamais divulgam os nomes pelas razões já apresentadas. Também chama a atenção que as pessoas doentes ou suspeitas precisam se submeter à regras sob pena de incorrerem da mesma forma em ilegalidades.

Por fim, Ariadne implora para que as pessoas, mais que saber nomes, façam o que está sendo recomendado há meses, que é o isolamento e distanciamento social, uso de máscaras, não se aglomerar, lavar as mãos constantemente com água e sabão ou passar álcool em gel, dentre outras medidas de higiene.

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