EDUCAÇÃO

Doutoranda da Ulbra realiza pesquisa relacionada ao carvão em Candiota

Para a pesquisa, foram coletadas amostras de sangue de moradores do município

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Doutoranda Melissa Rosa de Souza (D) está desenvolvendo a pesquisa

Doutoranda Melissa Rosa de Souza (D) está desenvolvendo a pesquisa Foto: Divulgação TP

Nos dias 9 e 10 de julho, a doutoranda em Biologia Celular e Molecular Aplicada a Saúde, Melissa Rosa de Souza, da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, visitou o município acompanhada da orientadora, doutora Juliana da Silva, para desenvolver uma pesquisa para a conclusão do projeto de pesquisa.

Com o tema “Saúde ambiental: Avaliação do ambiente e de populações humanas em regiões sob influência de usina termelétrica à base de carvão, a pesquisa tem por objetivo avaliar a saúde de diferentes populações que vivem próximas e no entorno da região de exploração e queima do carvão, como ocorre em Candiota, que tem 38% das jazidas no país, relacionando com o ambiente e tendo em vista a direção preferencial de ventos.

Para a pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Ulbra, a doutoranda realizou a coleta de amostras de sangue e a aplicação de um questionário através de profissionais habilitados e uso de materiais adequados, esterilizados e descartáveis. Conforme explica a Biomédica, Mestre em Biologia Celular e Molecular Aplicada a Saúde Melissa Souza, a cada participante foi aplicado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, bem como uma cartilha com informações sobre a pesquisa. “Apenas pessoas com pelo menos 18 anos, que não exerçam atividades relacionadas a exposição a agentes mutagênicos, que são aqueles que quando expostos às células, apresentam capacidade de gerar mutação, assim como não apresentem nenhuma patologia crônica prévia ao estudo”, explica Melissa.

A doutoranda explica também que para os resultados necessários, há a pretensão de pesquisar 400 pessoas entre as cidades de Aceguá, Bagé, Candiota e Pinheiro Machado. Ainda conforme explica Melissa, “a pesquisa não pretende causar nenhum problema ou acabar com as usinas à carvão, mas sim, buscar alternativas e estratégias para uma melhor qualidade de vida e controle da poluição ambiental”.

Ainda segundo Melissa, os resultados levarão três anos até a pesquisa ser totalmente concluída e serão amplamente divulgados pela tese e periódicos científicos, porém a identidade dos participantes será preservada, com o sigilo das respostas garantido. “A participação nesta pesquisa é voluntária e anônima, e cada um receberá o resultados das suas avaliações individuais. Conforme o interesse da população poderemos organizar um momento de apresentação dos resultados”, conclui.

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