Edição 1.144

MAC 1
O problema da principal rodovia de ligação de Candiota, a Miguel Arlindo Câmara (MAC), é muito antigo. A precariedade começou a aparecer com mais vigor no início dos anos 2000. São quase duas décadas de dificuldades, sendo que a estrada tem quase 50 anos, pois foi construída pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), no início de 1970, quando da construção da Fase B da Usina de Candiota, que na época pertencia a CEEE. Vale lembrar que Candiota não era município.

MAC 2
É claro e evidente que com o passar dos anos, o problema vai se agravando. Quando chove em três dias quase 150mm (o equivalente a um mês), como foi na última semana, a precariedade se revela de forma avassaladora. Nestes momentos, como não poderia ser diferente, as redes sociais se enchem de críticas – umas pertinentes e outras oportunistas. Relacionar diretamente os acidentes com a condição da via, muitas vezes não é o mais razoável.

MAC 3
Como já dito por aqui outras vezes, não exis­tem soluções fáceis para problemas complexos, como é caso da MAC. Quem propõe facilidade para fazer as obras que a MAC necessita, ou é ingênuo ou é mal­doso. O conserto que a estrada precisa está orçado em torno de R$ 12 milhões. O valor significa cerca de 20% do orçamento total anual do município de Candiota (previsão de 2018 é de se arrecadar pouco mais de R$ 60 milhões). Significa, também comparativamente, a quase quatro folhas de pagamento da Prefeitura.

MAC 4
Pela primeira vez, a Prefeitura assumiu pu­blicamente responsabilidades perante a estrada, afir­mando que ela é um problema municipal sim. Desta forma, a população por dois anos seguidos já elegeu a MAC como segunda demanda municipal dentro do Programa de Gestão Participativa (PGP). Este ano – e as obras começam em seguida -, serão R$ 320 mil para atacar os pontos mais críticos e mais R$ 200 mil no ano que vem. Além disso, seguirão as operações tapa-buracos.

MAC 5
Com a medida, o governo do prefeito Adriano dos Santos cumpre o que prometeu em campanha eleitoral, que era realizar obras de recuperação da MAC trecho a trecho. Porém, se sabe que a proposta não é suficiente, porque a MAC exige uma revitalização total. Os problemas, salvo algum outro local melhorzinho, tendem a se agravar porque o asfalto chegou a sua fadiga extrema, com muitas infiltrações, que aliado ao trânsito pesado e intenso, abrem um buraco novo a cada dia. Entretanto, as obras ora propostas e que serão feitas pelo município, ajudam a minimizar e são importantes na espera da solução definitiva.

MAC 6
Não há outra saída para a estrada do que se arrumar os R$ 12 milhões. O município, com seu or­çamento, já comprovado anteriormente, não tem como arcar com isso tirando de uma vez só este montante do seu caixa. A solução passa irremediavelmente pela busca de um financiamento, seja ele nacional ou internacional (BNDES ou BID). Candiota possui capaci­dade para pagar uma prestação mensal de R$ 125 mil durante 20 anos (240 meses e juros de 7,5% ao ano), por exemplo. Outra solução seria a aquisição, também financiada, de uma usina de asfalto – este projeto é debatido internamente no Cideja, quando a usina seria adquirida de forma consorciada. Se pode pensar também numa Parceria Público-Privada (PPP). Fala-se em pedágio, mas não é algo pertinente.

MAC 7
As soluções que passam por federalização não parecem, em curto e médio prazo, o melhor caminho, porque as estradas federais também estão em frangalhos. Assim, o que fica, é que para debater a MAC se precisa ter em mente seriedade e respon­sabilidade. Discurso para a torcida e evocar redes sociais não resolvem, mas, convenhamos, jogam mais luz sobre o grave problema e força as autoridades e a comunidade a encontrarem uma solução.

NOVA SECRETÁRIA EM CANDIOTA 1
Nesta se­gunda-feira (3), em um ato no Centro de Referência e Assis­tência Social (Cras), Sandriani Braga (foto) assumiu a ti­tularidade da Secre­taria de Assistência e Inclusão Social no lugar de Tamires Fur­tado. Na oportunida­de, Sandriani – que era interina e foi indicada pelo PSB, destacou que não será uma experiência fácil, mas buscará atender todos os propósitos. “Eu venho numa sucessão de secretários que fizeram ótimos tra­balhos, como a secretária Tamires Furtado que deixou seu legado, realizando um belíssimo trabalho em todos os âmbitos e aprendi muito com ela e tenho também muito apoio como dos idosos, o que nos dá força, pois não podemos caminhar sozinho”, destacou.

NOVA SECRETÁRIA EM CANDIOTA 2
A ex-secretária Tamires, que não pode se fazer presente, falou que estava se retirando do governo por motivos pessoais. “Fica na gestão da Secretaria uma jovem muito competente, incansável e muito leal também ao governo, a Sandriani Braga. Tenho certeza que o trabalho será muito bem executado na direção dela. O meu sentimento é de gratidão a todos pelo apoio que sempre me foi dado”, falou.

NOVA SECRETÁRIA EM CANDIOTA 3
Sandriani destacou ainda, que serão novos propósitos e que novas atividades (que já estavam previstas) serão lançadas. “Vamos focar bastante na formação de jovens e no grupo de mulheres nos assentamentos e aproximar a secretaria da comuni­dade tanto na área urbana como na rural”, enfatizou. A primeira-dama Adriana Langort destacou que Sandriani é uma pessoa de confiança e que a Secretaria estará em boas mãos. “Estamos acompanhando há um tempo o trabalho desta jovem e tenho certeza que ela obterá muito sucesso em suas ações e poderá contar conosco sempre”, concluiu.

NO DIA 7
Seria bem legal que todos os municípios fizes­sem seus desfiles ou caminhadas no dia 7 de setembro. Candiota e Pinheiro Machado já são exemplos. É meio sem graça fazer em data que não o da Independência – aliás, é por isso que é feriado.