Editorial – Fim de ano e acidentes

O Brasil é recordista mundial em acidentes de trânsito com vítimas fatais. Os números são assus­tadores e correspondem a uma verdadeira guerra. Anualmente nas estradas brasileiras morrem cerca de 50 mil pessoas em média. Isso é uma tragédia sem precedentes e está diretamente ligada ao nosso modelo de mobilidade e transportes.

Optamos, há meio século, em sermos um país rodoviário, bem como de não transportarmos pessoas em massa e sim individualmente, além de nossas rique­zas estarem essencialmente transitando por estradas. Nossos trens de passageiros desapareceram, assim como os de carga são escassos. Para piorar nossas estradas estão longe de serem ideiais.

Soma-se a isso uma boa dose de imprudência, temos esses números assustadores. Num horizonte ainda mais macabro, mas que esta semana teve a mão da Justiça para amainar, o governo federal opta por relativizar a fiscalização, afrouxando a legislação e retirando práticas mais rigorosas das estradas.

Chegamos ao fim de ano e um acidente aqui na região já nos deixou chocados com uma jovem vida seifada e outra ainda em perigo. Assim, o pedido é de total atenção tanto no equipamento quanto na direção, para que nenhum de nós engrosse ainda mais essas estatísticas.

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