Para os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental da Escola 8 de Agosto esta primeira quinzena de setembro foi dedicada aos cuidados com o ambiente onde passam grande parte do tempo. Durante as aulas de Biologia, partindo da premissa de que precisam ter um olhar mais comprometido com as questões ambientais, surgiu a ideia de que se mobilizassem para um mutirão de limpeza no pátio do educandário.
Conforme contou a professora Suélen Funari, responsável pela iniciativa e mestranda em Ensino de Ciências da Unipampa, antes de colocar “a mão na massa” os alunos assistiram um vídeo sobre Educação Ambiental e participaram de um debate para esclarecimentos a respeito do assunto. “A proposta de revitalização surgiu da necessidade deles terem o sentimento de pertencimento daquele lugar. Os alunos foram convidados a coletar os lixos que são carregados pelo vento e até mesmo jogados no chão ao redor da escola”. Segundo ela, a cada material coletado surgiam indagações sobre o seu tempo de decomposição na natureza.
Além da limpeza, o próximo passo da ação será a instalação de lixeiras em pontos estratégicos para conscientizar a comunidade escolar sobre a importância do descarte correto dos resíduos. Quando questionada sobre a importância da mobilização, a docente ressaltou que vai muito além de uma simples atitude. “É também a tomada de consciência desses sujeitos sobre como e quais impactos serão gerados a partir de um simples papel de bala jogado no chão e o que causará para as gerações futuras – sabendo que o mesmo leva aproximadamente 450 anos para se decompor”, explicou.
Para as alunas Carolina Pena e Gisele Socowosk, a ação foi de grande valia de modo a repensar ações e cuidar do ambiente em que vivem. “Às vezes a gente mesmo coloca lixo no chão sem se dar conta e acaba fazendo mal para o meio ambiente. Nós passamos grande parte do dia na escola e é nossa obrigação cuidar para que seja um lugar bonito e agradável”, destacaram.
Nas próximas semanas, está prevista a revitalização da pracinha, com pintura e conserto de algumas partes danificadas pelo tempo. De acordo com a docente, as pequenas são capazes de gerar grandes mudanças.