Estados, Municípios e Previdência

Esta semana, o governo do estado conseguiu passar na assembléia legislativa o projeto de lei que autoriza adesão do Estado do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal. Já faz tempo que o governo não paga a parcela da dívida com o Governo Federal, nem por isso as contas públicas estaduais dão sinal de recuperação. De paliativo em paliativo, Sartori empurra o seu governo para o final. Encerrará quatro anos sem uma idéia que se possa ressaltar como relevante e apenas dá encaminhamentos a coisas óbvias como rolar dívida ou vender patrimônio, coisas que não é preciso ser competente para conseguir. Neste cenário, a eleição para governador está aberta para quem tiver capacidade de raciocinar o Estado e propor soluções viáveis e que sejam entendidas pela sociedade. Quem constrói um Estado é o seu povo, com o trabalho conjunto em prol do bem comum e com justa, na medida do possível, distribuição da riqueza produzida. Sartori falhou no ponto mais fundamental, em momento algum passou a ideia de que poderia fazer um bom governo.
Os dados das receitas dos municípios em 2017 já estão disponíveis no site do Tribunal de Contas. Em Hulha Negra e Candiota as receitas cresceram. Em Hulha Negra, um pouco acima da inflação, pensei que cresceria mais. Em Candiota, um pouco abaixo da inflação, dentro do previsível, uma vez que Candiota depende bastante da receita de serviços, em obras em andamento. Na próxima semana vou analisar melhor estas receitas. Este ano, com o crescimento da economia, as receitas dos municípios devem voltar a crescer acima da inflação.
Volta ao debate a questão da reforma da previdência. A nova lei trabalhista vem produzindo ampliação do número de pessoas que trabalham por conta ou sem carteira assinada. Pesquisas recentes mostram claramente o que já era esperado. Com isso, os problemas de receita da Previdência vão se ampliar, todos os que lêem esta coluna já sabem, e no futuro, ou mudamos as regras de captação dos recursos que bancam a Previdência ou os aposentados terão mais problemas. Enfim, coisas para o futuro. É preciso mudar o país, e muito. Os jovens de hoje vão ter que se virar para envelhecer com dignidade. O bom é que não é difícil conseguir, apenas terão de usar o cérebro para o bem. Hoje, as autoridades parecem ter pouca coisa ocupando a parte que fica entre as orelhas, salvo se for para promover descaminhos.

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