CRISE

Funcionalismo pinheirense não aceita proposta de parcelamento do 13º e indica greve

Executivo propôs 10 parcelas a partir de março

Assembleia decidiu por grande maioria rejeitar a proposta de parcelamento

Assembleia decidiu por grande maioria rejeitar a proposta de parcelamento Foto: Divulgação TP

Reunidos em assembleia convocada pelo Sindicato dos Municipários de Pinheiro Machado (SiMPiM) no final da tarde da última terça-feira (6), cerca de 120 funcionários ativos e inativos decidiram por imensa maioria, rejeitar a proposta feita pelo Executivo em parcelar o 13º salário de 2017 em 10 parcelas, que começariam a ser pagas agora no mês de março.

Antes disso, o Executivo havia rejeitado, com argumentos financeiros, proposta da categoria de que o pagamento fosse feito de forma escalonada por padrões e níveis salariais.

Além disso, a assembleia sinalizou com a possibilidade de uma greve – fato inédito na história da cidade de 138 anos. Uma nova assembleia foi convocada para o dia 2 de março, onde a pauta será a adesão ou não a uma greve. No encontro, em função da pauta, apenas os funcionários ativos poderão votar.

Desde meados de 2016, que os salários do funcionalismo vêm sendo pagos com atraso. Em outubro de 2017 a situação se agravou e chegou a ser pago durante dois meses em duas parcelas. Nos últimos dois meses, o pagamento voltou a ser feito de forma atrasada (cerca de 15 dias), porém o 13º não foi pago, assim como, o vale-alimentação.

A presidente em exercício do SiMPiM, Angela Maria Régio Marques, conversou com o TP, demonstrando muita preocupação em relação a situação que vive o funcionalismo e a Prefeitura. Segundo ela, o sindicato tem dialogado semanalmente com o Executivo, inclusive analisando os números, que se mostram nada favoráveis nos próximos três meses. Ela entende que talvez uma paralisação seria importante como forma de se encontrar soluções, porém teme que não haja adesão da categoria. “Vamos acatar a decisão da maioria”, disse.

PAGAMENTO – Os recursos para o pagamento parcelado em 10 vezes do 13º, caso fosse aceita a proposta pelos municipários, segundo o prefeito Zé Antônio, seriam oriundos do pagamento da dívida ativa do IPTU (cerca de R$ 1,1 milhão); do Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM), que deve ser aportado em março, e da arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) dos bancos que o município passa a cobrar este ano.

O prefeito ainda adiantou ao TP, que em relação ao vale-alimentação, a dívida já chega a mais de R$ 1 milhão, sendo que a proposta que está sendo elaborada, também é de parcelamento, entretanto nesse caso é preciso a aprovação da Câmara de Vereadores, com posterior suspensão do benefício, até que a volta do equilíbrio financeiro do município.

Procurador jurídico (falando) e secretário da Fazenda representaram o Executivo

Procurador jurídico (falando) e secretário da Fazenda representaram o Executivo Foto: Divulgação TP

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