Na tarde desta quarta-feira (13), o jornal entrou em contato com o titular da Polícia Civil de Candiota, Cristiano Ritta, que confirmou a conclusão da investigação da morte de uma mulher no dia 7 de abril. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e os familiares chegaram a divulgar imagens do companheiro dela como o culpado pela tragédia.
Na época, conforme Boletim de Ocorrência (BO), há cerca de 10 dias ela teria sofrido um aborto e somente um dia antes de morrer procurou atendimento médico. Ela foi levada do Pronto Atendimento de Candiota para a Santa Casa de Caridade de Bagé e acabou não resistindo.
De acordo com o delegado, o laudo apontou que ela não foi vítima de agressão física e também não foi possível constatar que ela esteve grávida. “A investigação foi concluída e o companheiro dela foi indiciado por omissão de socorro qualificada pela morte. A perícia concluiu que as lesões que ela tinha no corpo foram decorrentes do tempo que ela ficou na cama, sem atendimento médico, e não foram causadas por agressão. A perícia também deu resultado inconclusivo ou negativo para gravidez”, disse Ritta.
Conforme explicou a autoridade policial, o perito não conseguiu comprovar que ela esteve grávida em razão do tempo decorrido entre o suposto aborto espontâneo e o dia que procurouatendimento. “Não havia marcas no corpo de que ela tivesse estado grávida, mas se efetivamente houve aborto, ele ocorreu de forma espontânea. Não havia nenhum sinal de lesão ou algum composto no organismo dela que pudesse ter provocado o aborto”, detalhou.
Com isso, a investigação resultou em um indiciamento do companheiro por não ter levado a mulher para receber atendimento médico e, consequentemente, ela ter morrido. Segundo Ritta, o homem vai responder ao processo em liberdade.
