SAÚDE

Inconformada, diretoria do Pronto Atendimento de Candiota vai buscar na Justiça reverter interdição

Os serviços já estão sendo prestados na Unidade de Saúde da sede do município

Pronto Atendimento já está funcionando na sede do município Foto: Gislene Farion TP

A medida extrema de interdição do Pronto Atendimento 24h, tomada pela 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), na manhã desta sexta-feira (6), pegou toda a população de Candiota de surpresa. Visando não prejudicar a prestação de serviços, um diálogo rápido entre a administração da entidade e o Poder Executivo, garantiu a continuidade dos atendimentos de urgência e emergência nas dependências da Unidade de Saúde da sede do município. O Pronto Atendimento é mantido pela Fundação Maria Anunciação Gomes de Godoy.

No início da tarde, toda a equipe e o material de trabalho já haviam sido deslocados e os serviços disponibilizados. Em conversa com o Tribuna do Pampa, o presidente da Fundação, Marcelo Dutra, comentou a medida. Conforme informado, as irregularidades são em relação à estrutura física do prédio. “Há cerca de três meses a 7ª Coordenadoria Regional de Saúde já havia realizado uma vistoria e notificado a Fundação para que fizéssemos algumas readequações. Não houve um prazo estipulado e já estávamos agilizando todos os procedimentos anteriormente apontados. É por isso que acabamos sendo pegos de surpresa com essa interdição, inclusive com alguns novos apontamentos”, disse.

De acordo com o prefeito Adriano dos Santos, que prontamente colocou a Unidade de Saúde à disposição para que os candiotenses não ficassem desatendidos, o município é totalmente contrário à decisão. A equipe jurídica da Prefeitura, bem como o secretário de Saúde, Gil Deison Pereira, permanecem mobilizados. “Desde que assumimos, todos os caminhos vêm sendo seguidos para que ocorra essa regularização – tanto da parte financeira quanto documental. É isso que está em andamento e que eles estão cobrando, mas dependemos dessa espera em todos os procedimentos burocráticos. Não concordamos com a interdição e a equipe da Fundação já está providenciando a contestação do documento emitido”, afirmou.
Para Marcelo, em alerta para as possibilidades de reverter o quadro, é importante que a comunidade entenda que os atendimentos estão todos mantidos. “Não vamos perder nenhum serviço. A Prefeitura estará readequando alguns serviços para outras unidades de saúde e a estrutura da Fundação inteira foi transferida para a sede do município. A população não vai ter problemas e enquanto isso, trabalhamos para que a situação seja normalizada o mais rápido possível”. Segundo ele, na segunda-feira (9), a presidência da entidade irá comparecer na 7ª Coordenadoria, em Bagé. “A medida judicial também é uma alternativa para que possamos retornar logo para o prédio da Fundação”, afirmou.

O Tribuna do Pampa está tentando insistentemente contato com o Setor de Vigilância Sanitária da 7ª CRS, mas até o momento não obteve retorno, com o objetivo de esclarecer os motivos que levaram a uma medida tão drástica.

Prefeito, presidente da Fundação e secretário de Saúde encontraram uma solução rápida para o serviço não parar Foto: Gislene Farion TP

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