INVESTIGAÇÃO

Justiça afasta prefeito de Bagé por seis meses por suspeita de fraude em licitações

Divaldo não pode frequentar a Prefeitura e a Câmara no período de 180 dias Foto: Divulgação/Twitter/Especial TP

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Procuradoria de Prefeitos, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu, na manhã desta quarta-feira (25), medida cautelar de afastamento, pelo prazo mínimo de 180 dias, de Divaldo Vieira Lara do exercício da função de prefeito municipal de Bagé, no processo cautelar de nº 70082704768. A informação já circulava em grupos de Whatsapp na noite desta quarta, porém só foi oficializada nesta manhã.

O despacho da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça proíbe o chefe do Executivo bageense de frequentar às dependências da Prefeitura e da Câmara de Vereadores do município. A decisão do desembargador Julio Cesar Finger, relator da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande Sul, atende ao pedido do Ministério Público e, além do afastamento do prefeito, mantém as medidas de afastamento dos ex-secretários municipais de Finanças, José Otávio Ferrer Gonçalves, e do Meio Ambiente, Aroldo Quintana Garcia.

Conforme nota de esclarecimento da Promotoria, em conjunto com o pedido cautelar, o Ministério Público ofereceu duas denúncias criminais envolvendo a prática de crimes licitatórios, crimes de responsabilidade, crimes de desvio de verbas públicas e organização criminosa.

A nota ainda diz que também foram denunciados a ex-diretora-geral da Câmara de Vereadores de Bagé, Carla Almeida Caetano Gonçalves, o empresário Ronaldo Burns Costa e Silva, a empresária Paula Lopes Groeger, o ex-diretor do Departamento de Águas e Esgotos de Bagé, Volmir Oliveira Silveira, o ex-secretário da Fazenda, Aurelino Brites Rocha, o servidor público municipal Giovani Soares de Morales, o funcionário público Glademir Silva Leal, o atual secretário Municipal do Meio Ambiente, Nael Abd Ali, o empresário Rogério dos Anjos Meirelles e o empresário Cassius Fagundes Reginatto.

Até o momento o prefeito não se manifestou oficialmente sobre o caso. No lugar de Divaldo, deverá assumir o vice-prefeito Manoel Machado (PSDB).

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