A luta é pelo carvão

É politicamente correto defendermos a adoção da implementação de geração de energia renovável, como a eólica e solar. Aliás, mais que a correção política, são matrizes importantes para compor o sistema engértico brasileiro.
Entretanto, aproveitando a realização do 5º Seminário Internacional de Energia em Candiota esta semana, é preciso afirmar que em nossa região, além de ser politicamente acertado, a luta e defesa do carvão mineral se faz imperioso do ponto de vista regional.
O governo federal e não é de hoje, vira as costas para o carvão, apesar de ter sido nos governos Lula e Dilma , ambos do PT, que foi construída a Fase C da Usina de Candiota e autorizada a construção da UTE Pampa Sul, depois de mais de 30 anos sem qualquer investimento nesta área.
Na atual conjuntura, apesar de figurar como participante dos leilões de energia, o carvão não possui chance de vencê-los, pois competição é desleal, com o governo financiando via BNDES praticamente todas as demais fontes e subsidiando a importação de gás natural, desprezando a riqueza nacional. Além disso, manda desligar as Fases A e B da Usina de Candiota sem que entrem em operação outras novas em seus lugares. E para piorar ainda mais o cenário, CGTEE e CRM vivem o drama do sucateamento para poderem ser vendidas a preços aviltantes à inciativa privada.
O Seminário, que se propõe nesta edição a defesa das empresas públicas, precisa ir além em sua Carta de Candiota. É necessário, sem meias palavras, fazer uma defesa intransigente do carvão mineral como principal fonte para alavancar o desenvolvimento regional, pois vai ficando cada vez mais claro que outras possibilidades não possuem a consistência para nos tirar do subdesenvolvimento que ainda estamos mergulhados.

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