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Maus-tratos aos animais preocupa voluntárias da Associação Bicho Amigo de Hulha Negra

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Nesta semana, voluntárias flagraram cães molhados. Pátio onde estava a casinha estava inundado e comida também estava molhada.

Nesta semana, voluntárias flagraram cães molhados. Pátio onde estava a casinha estava inundado e comida também estava molhada. Foto: Divulgação TP

O cuidado com os ani­mais é uma preocu­pação constante da equipe de voluntárias da Associação Bicho amigo, de Hulha Negra. Diariamente, as integrantes lutam pelo bem-estar dos mais diversos tipos de animais no muni­cípio através de visitas em residências, cuidados básicos e tratamentos de saúde.

As ações são reali­zadas, conforme já explicou uma das integrantes do gru­po, Naiara Martins, de acor­do com a disponibilidade, principalmente de recursos, porém com foco para a cons­cientização de que a proteção dos animais é uma questão que está acima do afeto e gosto por ter um animal de estimação ou outro criado em campo para auxílio ao trabalho ou consumo.

Segundo já explicou Naiara, além dos problemas detectados pela própria As­sociação, ocorrem constan­temente denúncias de maus tratos aos animais. Nesta semana, o grande volume de chuvas ocasionou um aumen­to no número de denúncias, fato que levou a Associação a publicar imagens nas re­des sociais e alertar sobre a competência das pessoas com relação aos animais. “Somente em um dia recebe­mos quatro denúncias de cães atados na chuva, molhados e no frio. Ficamos muito pre­ocupadas e em alguns locais não foi possível chegarmos, pois todas nós trabalhamos e é difícil o deslocamento à noite”, relatou.

Segundo as volun­tárias, a preocupação nesta época do ano se agrava com as chuvas. “Recebemos de­núncias de animais amarra­dos no frio, na chuva, sem abrigo, sem tomar sol. É importante as pessoas lem­brarem que a Lei Federal 9.605/98 tipifica como crime maltratar os animais”, lem­brou Maria Thomaz.

As integrantes da Associação também fazem referência a importância de uma lei municipal para a conscientização dos mora­dores quanto aos cuidados com os animais e adequações necessárias a sua criação. “A lei de autoria do Executivo não foi aprovada na Câmara de Vereadores, o voto foi pelo arquivamento. Apesar da Associação se basear na lei federal, é muito importante uma lei municipal”, ressal­taram as voluntárias.

CASOS COMUNS Questio­nadas a relatar sobre os casos mais comuns de maus-tratos e crueldades, as voluntárias da Bicho Amigo citaram abandono, manter animal preso por muito tempo sem comida e contato com seus donos/responsáveis, deixar animal em lugar impróprio e anti-higiênico, envenena­mento, agressão física, covar­de e exagerada, mutilação, utilizar animal em shows, apresentações ou trabalho que possa lhe causar pânico e sofrimento, não procurar um veterinário se o animal estiver doente.

DICAS DE CUIDADOS O grupo aproveitou para fazer algumas orientações sobre a maneira adequada de atuação para quem possui um animal de estimação. Conforme a Associação, o proprietário ou responsável deve manter o animal dentro do pátio, em um local adequado para se proteger da chuva e do frio; em caso de animais presos, devem estar em uma corrente ou vai e vem com no mínimo três metros de comprimento para evitar o estresse do ani­mal; manter água e alimenta­ção em recipientes adequados, limpos e na sombra.

A LEI O artigo 32 da Lei Federal nº 9.695/98 diz que “é considerado crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, doméstico ou domesticados, nativos ou exóticos, sob pena de detenção de três meses a um ano e multa. No parágra­fo primeiro diz que incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existi­rem recursos alternativos. O parágrafo segundo diz que a pena é aumentada de um terço a um sexto se ocorrer a morte dos animais”.

 

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