RURAL

Modelo Alto Camaquã é destaque em evento de âmbito nacional sobre caprino e ovinocultura

A 9ª edição do evento reuniu público de todas as regiões do Brasil Foto: Adilson Nóbrega/Especial TP

A experiência de desen­volvimento territorial do Alto Camaquã foi apresentada durante a 9ª edição da Semana da Capri­nocultura e da Ovinocultura Brasileiras (Secob) na cida­de de Sobral, no interior do Estado do Ceará. O evento, promovido pela Embrapa Caprinos e Ovinos, marcou o mês de setembro e pro­pôs o debate sobre fatores políticos, econômicos, am­bientais, tecnológicos e de consumo.

De acordo com o presidente da cooperativa Cofrusa/Alto Camaquã, Jú­lio Moreira, a iniciativa foi reconhecida pela Embrapa Ovino e Caprino – que tem abrangência nacional. “Em especial essa vivência nos trouxe uma coisa muito ba­cana que, talvez à nível mu­nicipal e também regional, não se prospectou: a ovino­cultura à nível de Brasil para os próximos 10 anos. Além disso, para nossa surpresa, todos os modelos de desen­volvimento de ovinocultura são baseados no que o Alto Camaquã prega”, disse.

Para o TP, Júlio contou que o evento possibi­litou experiência muito além da apresentação. “O que a gente, eu pelo menos não tinha muita noção, é que o Alto Camaquã é sim uma re­ferência para o Brasil e isso é muito gratificante. Não fo­mos lá fazer turismo. Após expor o projeto, foi trabalho direto das 7h às 22h durante uma semana. A gente espera também que esse reconhe­cimento venha ainda mais à tona em nível de região e até do próprio território desses oito municípios. A intenção é que as pessoas tenham essa consciência: de que é possível produzir preservando e aproveitando os recursos naturais que a gente tem”, destacou.

ENTENDA – O Alto Cama­quã situa-se na parte supe­rior da bacia do rio Cama­quã e engloba os municípios de Bagé, Caçapava do Sul, Canguçu, Encruzilhada do Sul, Lavras do Sul, Piratini, Pinheiro Machado e Santana da Boa Vista. Organizados a partir da Associação para o Desenvolvimento Sus­tentável do Alto Camaquã (Adac), os pecuaristas estão próximos de ter sua própria indústria e, com isso, ter o controle total (da produção à distribuição) da cadeia da carne ovina.

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