ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

Mulheres presidem as Câmaras de Vereadores de Candiota e Hulha Negra

No ano em que os municípios de Candiota e Hulha Negra completam 26 anos, a Câmara de Vereadores de ambos os municípios tem a frente uma mulher no poder. Em Hulha Negra, assumiu a presidência em 2018, Elizangela de Quadros Coitinho, do Progressistas, eleita pela primeira vez no último pleito. Já em Candiota, preside Andréia Rangel (MDB), que atua pelo segundo mandato. Em razão do aniversário do município ser no mês de março, quando também se comemora o Dia Internacional da Mulher, questionamos as presidentes sobre a mulher na política.

Elizangela Coitinho está no seu primeiro mandato  como vereadora de Hulha Negra

Elizangela Coitinho está no seu primeiro mandato
como vereadora de Hulha Negra Foto: Silvana Antunes TP

HULHA NEGRA – Segundo Elizangela Coitinho, a Mana, a mulher tem muito a contribuir para o município e as lutas por exposição de idéias são necessárias. “A mulher é racional e coração, tem ótimas idéias, porém ainda não recebe o valor e não é escutada como deveria. A mulher precisa ser mais respeitada na política, mas ainda assim, me sinto privilegiada, pois fui eleita por pessoas que depositaram em mim sua confiança e acreditaram no que eu poderia contribuir”, diz a presidente.

Mana também faz referência à necessidade de quebrar tabus no município. Segundo ela, as mulheres ainda precisam participar dos pleitos e procurar reconhecimento, assim como a comunidade deve dar voz às candidatas femininas. “Em outros municípios mais mulheres compõem o legislativo, e aqui, basicamente, uma por mandato. A cada eleição, os partidos dispõem de candidatas mulheres, é necessário que elas recebam essa oportunidade de trabalhar com idéias novas, ainda há muita rejeição”, afirma Elizangela.

Solicitada a falar sobre o município, a presidente diz que Hulha Negra evoluiu muito. Ela cita como exemplo principal a questão de atendimento médico, após o Centro Integrado de Atendimento a Saúde (Cais) – hospital e a educação. “Há muito o que ser feito e o que se buscar, mas hoje os acessos são mais facilitados, temos atendimento médico e encaminhamentos para outros município. Na educação, hoje o município dispõe da creche a pós-graduação. Sabemos que a arrecadação do município é baixa se comparada com outros, mas com gestão é possível melhorar a cada dia”, pondera.

Elizangela também fez referência à necessidade de cada gestor pensar na necessidade da população. “Acho que todos os gestores contribuíram da forma que foi possível no momento e deixaram sua marca, mas vejo que mais evoluções seriam possíveis se houvesse continuidade de projetos, independentemente de partido político a frente do poder”, destaca, salientando que as crises financeiras dos governos federal e estadual dificultam o trabalho dos gestores, por isso a necessidade de continuidade de processos.

Por fim, quanto ao Legislativo, a presidente diz ver hoje um grupo de parlamentares com um bom relacionamento. “Há entendimento e trabalho em conjunto. O que é cobrado pela oposição, é aceito pela situação, assim como também a situação cobra da gestão. Há uma maior concordância entre os dois poderes, cobranças respeitosas, o que me alegra e auxilia no crescimento do município”, finaliza.

Andréia Rangel está no segundo mandato

Andréia Rangel está no segundo mandato Foto: Divulgação TP

CANDIOTA – Andréia Rangel ressalta que neste mês cabe a reflexão sobre a inserção e papel da mulher nos tempos modernos. Ela diz que estar a frente do Legislativo Candiotense é um desafio a mais do mandato que cumpre pela segunda vez. “Destaco neste universo, que lograram êxito em eleições aqui no município oito mulheres e, que quatro delas chegaram à presidência da Casa. Considero que no município de Candiota caminhamos, mesmo que de forma lenta, para a aproximação do que considero o ideal, um mundo sem preconceito, sem contradições e exclusão do sexo feminino. Acredito que cada vez que avançamos em uma maior participação da mulher, em especial no Legislativo, vai consolidando o fortalecimento da política como um todo”, afirma a presidente.

Andreia, porém, destaca ainda a falta de conscientização acerca da capacidade da mulher na política. “Apesar das novas regras eleitorais, que vem sendo criadas com o decorrer dos anos para possibilitar a participação da mulher na política e campanhas para que sua participação seja mais efetiva, ainda precisamos de maior contundência e conscientização da capacidade que tem a mulher para participar deste universo político, que aos poucos vai se delineando”, pondera, acrescentando pensar que o político ideal seja aquele comprometido com a ética, a coletividade e a democracia.

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