ESPECIAL PAMPA SUL

O ápice dos negócios com o fornecimento de alimentação

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Sérgio Câmara, o Bronca, falou sobre os negócios no ramo alimentício junto com a esposa Claudia Foto: Silvana Antunes TP

Nesta quarta semana da série de repor­tagens do Tribuna do Pampa intitulada “Con­clusão da UTE Pampa Sul – consequências e impactos na região”, a abordagem é relacionada ao aumento de faturamento de muitas empresas de Candiota atra­vés da comercialização de produtos durante o período de construção da usina. Um dos principais setores é o alimentício – por meio da produção e distribuição de refeições por parte de restaurantes da cidade. A reportagem do TP con­versou com empresários de dois estabelecimentos do setor, o Restaurante e Churrascaria Candiota e Restaurante Global.

Nos dois contatos foi possível perceber duas realidades com relação a cidade de Candiota: o antes e o depois do início das obras da UTE Pampa Sul. Isso porque, segundo os empresários, durante o pe­ríodo, alugueis, vestuário e alimentação multiplicaram receitas devido ao grande número de trabalhadores atuantes na obra, chegando a mais de 5 mil na época de pico da construção da usina.

De acordo com pro­prietário do Restaurante e Churrascaria Candiota, Ancelmo Camillo, que administra o local junto ao filho Eduardo e está há 38 anos no ramo em Candiota, a chegada da UTE Pampa Sul trouxe um desenvolvi­mento para o município. “Todos foram favorecidos, ao contrário de obras ante­riores onde levamos calo­tes de empresas. Durante a obra da Pampa Sul foi diferente, recebemos todos os valores de maneira cor­reta e sempre fomos bem atendidos por todo grupo responsável pela Usina. Foi um período positivo, de vendas elevadas, cres­cimento da estrutura do restaurante, geração de novos empregos”, relata Camillo.

O empresário conta que fornecia diariamente 400 refeições e pós obra, o movimento caiu. “Já é uma situação esperada, toda obra tem início, meio e fim”, comenta.

Já Sergio Câmara, o Bronca, dos restaurantes Global I e II, que visitou o TP acompanhado da es­posa Claudia Reis, relatou que atualmente “Candiota voltou a ser Candiota”, mas que o período de obra da Pampa Sul foi muito boa para a empresa. “Ini­ciamos com o forneci­mento de 60 refeições e no ápice chegamos a entregar 4 mil diariamente entre café, almoço, lanche e jan­tar. Necessitamos de muita logística mas alavancamos a empresa e chegamos a passar de 25 para 110 fun­cionários. Hoje contamos com 40 colaboradores. Foi uma obra muito positiva para todo o município e região nas mais diversas áreas”, conta Bronca.

O empresário tam­bém expôs a ampliação dos negócios, proporcio­nada em parte, pela obra da usina e o retorno fi­nanceiro com o forneci­mento de alimentação. “Construímos alojamen­tos, uma obra que chegou a R$ 3,800 milhões e parte desse custo foi pago com a renda proveniente da alimentação fornecida aos operários das empresas que construíam a Pampa Sul. Claro que agora temos o restante do valor para pagar, pois o que se fala­va era logo após a usina de pellets e a UTE Ouro Negro e hoje, a realidade é outra. Mas foi um ótimo momento para todos, só ganhamos com a obra”, conclui Sérgio.

Ancelmo e a neta Cecília no balcão do restaurante Foto: J. André TP

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