O clima

Cada vez mais frequente, basta que faça calor, frio ou tempestades, a questão do clima no planeta é debatida, sem ações relevantes, por enquanto.
Lembro que, quando eu era criança, diziam que no ano 2.000 o céu estaria escuro. Era preocupante. Astronautas que viram a terra do espaço nos anos 60 e décadas depois dizem que o azul do planeta não é tão azul como já foi. Não sei se seus olhos já não eram os mesmos também.
Segundo matéria publicada na revista Exame, repercutindo um estudo do Instituto de Energia Renovável da Alemanha, os 15 países que mais poluem e ajudam a esquentar o planeta, em 2011, eram, na ordem, China, Estados Unidos, Índia, Rússia, Japão, Alemanha, Coréia do Sul, Canadá, Arábia Saudita, Irã, Grã-Bretanha, Brasil, México, Indonésia e Africa do Sul.
Estes 15 países representam 75% da emissão de gases do efeito estufa produzidos no planeta. O Brasil polui cerca de 16 vezes menos que a China, segundo o estudo. Nós, brasileiros, estamos longe de sermos os vilões nesta história, mas se olharmos bem, entre os piores estão China, Estados Unidos, Rússia e Índia. Destes, os Estados Unidos, aberta e claramente, não estão nem aí, como nunca estiveram, para os problemas que a humanidade está sentindo e poderá sentir em razão do modelo de sucesso americano, baseado no consumo desenfreado e da exploração sem limites dos bens renováveis ou não que a natureza oferece.
Os alertas estão sendo feitos pela comunidade científica. Os dados estatísticos mostram que é preciso que a humanidade se mobilize, sob pena de inviabilizar a vida humana na Terra em pouco tempo. Porém, os donos do capital precisam viabilizar e acumular riquezas, a qualquer custo e sem qualquer ética. A humanidade se comporta como sempre se comportou. Em outras épocas, com menos recursos humanos e tecnológicos, o estrago era menor.
Para os que já viveram mais de sessenta anos, este problema do clima no futuro não chega a ser muito grave; em poucos anos os problemas do futuro já não serão problemas seus. Porém, as crianças de hoje, que viverão mais de cem anos, se nada ou pouco for feito, em breve, poderão ter de conviver num planeta inóspito, onde sede e fome poderão ser determinantes nas relações de poder entre as nações. E só os mais fortes sobreviverão, como sempre foi.

Comentários do Facebook