Oportunidades em 2020

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Alguns espera­vam muito de 2019. Governos novos no Bra­sil e no Estado. Novas maneiras para resolver velhos problemas. No entanto, nada de mui­to novo. Quando foi para tirar dos pobres o Congresso Nacional foi brilhante. Quando foi para agradar os milita­res bem remunerados dos altos escalões, para estes, o Congresso Nacional também foi brilhante. Na hora de encarar a reforma tributária, Governo Federal e o Congresso foram medíocres. A mais importante das reformas, a tributária, exige “sacrifícios” dos ricos. São outros quinhentos, como já escrevi nesta coluna, diversas vezes. Pesquisa do Datafolha, realizada no início de dezembro e publicada esta semana mostra que 45% dos brasileiros acham “ruim ou péssimo” o trabalho de deputados e senadores. Apenas 14% dos brasileiros ainda acham “bom ou ótimo” o trabalho de deputados e senadores que até deixaram a reforma da Previdência menos ruim que o governo federal gostaria que fosse. Será que o desencanto se deve a reforma da Previdência?

Engana-se a maioria do povo por algum tempo. O tempo todo não.

Em 2020, passar qualquer coisa desagradável no Congresso Nacional vai ser difícil. Para divertir, o Congresso talvez insista na prisão em segunda instância, embora muitos deputados e senadores queiram que fique como está, uma vez que muitos deles, aprovando as mudanças, poderão estar no xi­lindró brevemente. As eleições municipais vão “exigir muito” dos deputados e senadores que, afinal, devem “cuidar das bases” e terão de fazer “caras e bocas” de bons mocinhos, já pensando nas eleições de 2022.

A inflação está sob controle, e com pouco dinheiro nas mãos de quase todo mundo, não pare­ce que vai deixar de estar. Os juros baixos são um avanço de 2019 e muitas pessoas poderão gastar menos com juros. Mas também muitas pessoas poderão perder com os juros baixos, principalmente os que não sabem investir em atividades produtivas ou ganham dividendos de ações de bancos. Se é que os exorbitantes lucros dos bancos vão diminuir.

Quem faz a nossa vida ser boa ou ruim, nor­malmente, somos nós mesmos. Melhor contarmos em 2020 com o nosso esforço para melhorarmos as nossas vidas. Há eleições municipais em 2020. Os jo­vens devem analisar as oportunidades no parlamento e no executivo dos municípios. Não adianta ficarem alienados, como se não tivessem nada com isso, lançando “olhares superiores” só porque estudaram mais que os vereadores eleitos ou CC escolhidos entre os militantes. Depois de chegar atrasado, não adianta querer “sentar na janela”.

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