Papo de Redação 1º/05/2020

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BLOQUEIO EM PINHEIRO 1
Diante da decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS), ainda na segunda-feira (27), de bloquear R$ 1,2 milhão das contas da Prefeitura de Pinheiro Machado, o assunto foi tema de pronunciamentos na Câmara de Vereadores. Neste sábado (2), o município completa 142 anos de histórias e está diante da maior crise econômica já vista. As consequências da estiagem e da pandemia do novo coronavírus também têm agravado a situação das finanças.

BLOQUEIO EM PINHEIRO 2
Da oposição, o vereador Fabrício Costa (PSB), foi en­fático ao criticar o Executivo. “Não esqueçamos que precatórios foram gerados porque alguém que estava na administração deste município gerou brechas para que algum cidadão – funcionário ou munícipe – entrasse na justiça e gerasse um ressarcimento desse direito que lhe foi negado. Há um tempo foi feita uma grande mídia porque o município pagaria menos os precatórios e se já pagava menos e hoje está havendo um bloqueio, o que houve nesse meio tempo? Não foi feito o pagamento? Por quê? Dizem que a prioridade é a folha, mas a folha continua atrasada. Quando eu falo que o governo não é transparente, essas atitudes embasam isso”, afirmou.

BLOQUEIO EM PINHEIRO 3
Logo em seguida, Jaime Lucas (MDB) disse que via como obrigação esclarecer os fatos para a população – que ficou em pânico com a notícia. Ele também rebateu as críticas do colega e lembrou que se tratavam de precatórios desde 2014 e que o governo atual não pode levar a culpa disso tudo sozinho. “Eu não posso aceitar a conversa de que este governo não é transparente. O governo pode ter vários erros, mas está pagando a conta dos que passaram e não me vem com conversinha, papinho furado. Quem está ou esteve na Secretaria da Fazenda deveria perceber que os cálculos estavam errados e que a Prefeitura não teria fôlego financeiro para pagar”, disse. Jaime se referia ao acordo firmado pelo município de pagar R$ 160 mil mensais durante 2020.

BLOQUEIO EM PINHEIRO 4
Sobre o tema, o vereador Gilson Rodrigues (PT) também falou da crise financeira que não foi amenizada com as medidas fido governo. “O déficit de Pinheiro Machado dá em torno de R$ 22 milhões e se a Prefeitura não enxugar a máquina pode chegar a R$ 25 milhões. Quero dizer aqui que os projetos que mandaram para o Legislativo aprovar não tiveram efeito arrecadatório, au­mentaram o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), as taxas de aforamento perpétuo e taxa de lixo, mas não vejo efeito. A crise está exposta e nesse momento de pandemia é tudo muito mais difícil do que já estava”, lamentou.

IGREJAS EM PINHEIRO
O vereador Si­dinei Calderipe (PSB), assim como fez o presidente do Legislativo, Renato Rodrigues (PSDB), na semana pas­sada, pediu que o Executivo flexi­bilizasse o atual decreto para que ocorra a reaber­tura das igrejas e demais templos re­ligiosos. Ele disse que tem sido solicitado pela população e que há o entendimento e comprometimento sobre os cuidados para não disseminar o novo coronavírus. Na rede social do parlamentar houve uma enxurrada de comentários sobre o tema: parte da população entende que é na igreja que encontram um conforto em momentos difíceis como esse e outros veem como uma exposição desnecessária ao vírus, já que é possível cultuar suas crenças independente do lugar.

ANIVERSÁRIO DE PINHEIRO
O município de Pinheiro Machado comemora neste dia 2 de maio, 142 anos de emancipação. Até 1830, a área do município pertencia ao município de Rio Grande, depois passou a integrar o município de Piratini, desmembrando-se em 24 de fevereiro de 1879, sob a denominação de Nossa senhora da Luz das Cacim­binhas. A povoação deste município, segundo registros, iniciou­-se pelo brigadeiro Rafael Pinto Bandeira, por volta de 1765. Os primeiros habitantes foram os açorianos Tomás Antônio de Oliveira e José Dutra de Andrade, que receberam sesmarias na Coxilha do Veleda, em 1790. Segundo a lenda, Dutra de Andrade teria perdido a visão e feito uma promessa de que se recuperasse a mesma ao lavar os olhos nas águas milagrosas das cacimbinhas, mandaria construir uma capela em honra de Nossa Senhora da Luz e efetivamente o milagre ocorreu. Depois da capela, foi criado um curato em 1851. Em 1857 foi elevado a freguesia e, em 1878, ocorreu a emancipação. Em função da pandemia do coronavírus, não haverão comemorações públicas.

ÁGUA EM CANDIOTA 1
A questão da água e seu sistema fragilizado de Candiota precisa de um entendimento da sociedade para que haja avanços mais definitivos do que se viu até aqui em toda a história do mu­nicípio. No campo do debate político, ninguém pode tirar o corpo fora e dizer que não tem parcela de culpa. Se passaram 28 anos e todos os partidos já tiveram sua cota de poder na cidade e no quesito água deixaram a desejar, porque não fizeram aquilo que tinha que fazer, ou seja, profissionalizar, dar gestão empresarial (e isto não significa uma visão privada) para o sistema de abas­tecimento de água, assim como a coleta de esgotos.

ÁGUA EM CANDIOTA 2
O centro do debate é financeiro e gerencial. O sistema possui um déficit, prejuízo mesmo, de quase R$ 2 milhões anu­ais. A inadimplência beira a casa dos 80%, ou seja, a grande e esmagadora maioria das pessoas não pagam as contas de água, além do que, as que pagam, não o fazem pelo que consomem e sim pela taxa mínima, que varia entre R$ 20 e R$ 60, pois não há hidrometria. De que forma alguém imagina que um sistema assim irá funcionar algum dia? É falido, além de injusto, e por isso apre­senta tantos problemas. A sociedade candiotense precisa encarar isso de frente e parar de escamotear o cerne da questão. É isso mesmo, pagar para ver. O contrário já vimos que não funciona.

ÁGUA EM CANDIOTA 3
O atual governo avançou quando aprovou – diga-se de passagem por unanimidade na Câmara de Vereadores -, uma legislação vigorosa em relação ao saneamento básico como um todo (água e esgoto). Contudo, acabou ficando na letra fria da lei. Em meados dos anos 2000, a Prefeitura gastou os tubos com a instalação de hidrômetros em Candiota. Salvo na Vila Operária, o restante serviu de enfeites em frente às casas (hoje são enfeites na Operária também). Até se ensaiou, meio desajeitada é verdade, uma política de medição e cortes na época, mas efetivamente nunca foi levado à cabo. E sabem por quê? Medo de perder votos.

ÁGUA EM CANDIOTA 4
Por fim, enquanto não se criar uma autarquia do tipo Daeb (hoje e sempre foi assim, é apenas mais um dos tantos setores da Secretaria de Obras) e não aplicar um processo profissionalizado na gestão do sistema de água e esgoto do município, os problemas mais corriqueiros seguirão acontecendo e ganhando dimensões dramáticas.

ENQUETE EM CANDIOTA 1
Uma enquete no Facebook acendeu o debate em torno da disputa eleitoral em Candiota. Como todos sabem, enquetes não possuem base científica e estão longe de retratar um perfil mais próximo de uma realidade – se assim não fosse, os institutos de pesquisas e estatísticas estariam falidos -, porém, em termos de debate, ela tem seu valor. Ela mede bastante a capacidade de mobilização da militância (o que em termos eleitorais é bem importante também).

ENQUETE EM CANDIOTA 2
A pergunta era Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria? Como opções de respostas tinha o atual prefeito Adriano dos Santos (PT), o ex-prefeito Luiz Carlos Folador (MDB) e o jovem eletricitário José Giordâni Dornelles, o Pimenta (PSOL), além de Tenho dúvida e Não sei. Houve reclamação sobre a enquete ter sido retirada do ar.

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