FALTA DE CHUVAS

Pedras altas decreta situação de emergência em razão da estiagem

Açudes estão secos em algumas propriedades rurais Foto: Divulgação TP

O município de Pedras Altas decretou situação de emergência na última quinta-feira (27), em virtude da forte estiagem que assola o município. A decisão foi tomada em conjunto, a partir de reuniões com vários produtores do município, Emater e Secretaria Municipal de Agricultura.

Após um amplo levantamento realizado em todas as localidades, foi constatado que as perdas na agricultura e pecuária são significativas, o que resulta em um prejuízo econômico e social expressivo no município. Além disso, também foi registrada a falta de água para consumo dos animais, bem como uma grande diminuição no nível de poços e reservatórios que abastecem a cidade e as comunidades do interior.

A possibilidade de um decreto de emergência já havia sido anunciado pelo Tribuna do Pampa e se confirmou após a reunião. Conforme explica o prefeito Bebeto Perdomo, foram analisadas as perdas ocasionadas pela falta de chuva no município. “Os registros de prejuízos na produção são significativos, desde o milho para silagem e em grão, que teve grande quebra, assim como a soja que está com problemas no seu desenvolvimento e a atividade pecuária, já que as pastagens também sofreram os impactos da estiagem, reduzindo consequentemente a produção leiteira em Pedras Altas”, enfatizou.

O gestor também ressaltou que as perdas no setor primário irão refletir diretamente sobre a economia do município, já que a agricultura e a pecuária são o esteio econômico de Pedras Altas.

PREJUÍZOS – Muitas famílias de Pedras Altas têm a sua subsistência oriunda da atividade primária, e a falta de chuvas traz um grande impacto econômico e social para toda a comunidade. Os números apresentados em relatórios apontam grandes perdas nas plantações de milho, com quebra de produção que chega a 80% – tanto no milho em grão, quanto milho para silagem. Na soja, a tendência é que se produza 40% abaixo do previsto, assim como na bacia leiteira, que apresenta uma redução de 35%, além do aumento do custeio para o produtor devido aos danos em pastagens e silagem de baixa qualidade.

Situação está se agravando em algumas localidades, onde famílias estão sem água potável para consumo

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