Pinheiro Machado

Um dia desses, fui citado no editorial do jornal e na mesma edição escrevi um artigo tratando de educação, sob aspectos econômicos. O editorial não citou as escolas municipais (se é que dava para chamar de escolas) que eu determinei o fechamento, sem jamais ter problemas com as comunidades “afetadas”. Foram 10 (dez). Em sete mandatos em Hulha Negra, quatro, incluindo este, não foram administrados por mim. Nestes, nenhuma escola e nenhuma turma foi fechada na rede municipal de ensino. Nenhum prefeito foi reeleito, exceto eu, que fui eleito três vezes. Renato Machado está no mandato pela segunda vez, mas não consecutivamente. Concluo: – Fazer o certo não derruba político.

O editorial também falava de Darcy Ribeiro, que mudou o patamar das escolas construídas por Leonel Brizola, de brizoletas para CIEPS, grandes escolas de tempo integral. O mundo mudou, o tamanho das escolas deve mudar para se adaptarem aos novos tempos. Em Hulha Negra, as nucleações transformaram a Escola Municipal Monteiro Lobato numa grande escola, o que possibilitou a implantação, na mesma, do Polo da Universidade Aberta do Brasil. Com 494 alunos, em 2016, na pré-escola e ensino fundamental, era maior que a maior escola municipal de Pinheiro Machado, no mesmo ano, a EMEF Manoel Lucas Prisco, com 286 alunos em pré-escola e ensino fundamental (mais 78 no EJA). Os dados estatísticos são da Secretaria de Educação do Estado.

Em Hulha Negra, a EMEF Monteiro Lobato é a única escola municipal na cidade, embora a EMEF Auta Gomes, que fica a 3 Km da sede do município, também seja considerada urbana. Em 2016, em Pinheiro Machado, tínhamos 3 escolas na cidade. Nestas, a média de alunos por escola com pré e ensino fundamental era de 217 alunos.

Pinheiro Machado possui o dobro da população de Hulha Negra.

A educação precisa ser tratada administrativamente e economicamente. Quando dividimos o número de alunos de uma escola por professor contratado (20h) atuando nesta, dentro ou fora da sala de aula, e a conta dá em torno de 10, ou menos, provavelmente aqui encontramos um caso de profundo desperdício de dinheiro público.

O jornal anuncia que em Pinheiro Machado uma escola municipal, com sessenta alunos, encerra suas atividades, sendo realizada uma nucleação com uma escola urbana. Que escola queremos? Provocava o editorial. Esta provocação merece um grande debate.

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