Depois de 52 dias de interdição e união de forças para a rápida regularização dos apontamentos realizados pelo setor de Vigilância Sanitária da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), o Pronto Atendimento de Candiota (antigo Hospital 24h) passou a contar novamente com o alvará sanitário. O documento, que estava vencido desde 2015, foi entregue para a direção da Fundação Maria Anunciação Gomes de Godoy, mantenedora da entidade, nesta quarta-feira (20).
Com validade até novembro de 2020, o alvará habilita de forma legal o Pronto Atendimento para as atividades de atendimento em pronto socorro e unidades hospitalares para urgências. De acordo com o diretor Deivid Blank, o resultado é fruto de muito trabalho da equipe e da própria comunidade, que não mediu esforços para contribuir – seja com material ou mão de obra. “Durante todo esse período de readequações nós contamos muito com o apoio da Prefeitura, de empresas locais e das pessoas da comunidade e foi graças a isso que estamos conseguindo finalizar as obras. Daqui a 90 dias, a 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) vem fazer uma nova vistoria nesses últimos detalhes e precisamos estar com o projeto arquitetônico adequado”, explicou.
Atualmente, quem entra no prédio ainda se depara com obras. Uma sala para triagem dos pacientes está em ritmo intenso para que em breve seja concluída. Praticamente todas as outras peças do prédio já passaram por reparos – a principal delas foi que cada setor ganhou uma sala individual para melhor acomodação, organização e segurança de todos.
Para a reportagem, o responsável técnico pelo Pronto Atendimento, o médico Alexandre Zanúncio, disse ver de forma positiva as mudanças e que o principal continua sendo a possibilidade de prestar um serviço de qualidade para a população. “Estamos em uma ótima estrutura, isso é notório que mudou e para melhor. Nossa principal preocupação sempre foi e vai continuar sendo em conseguir atender as pessoas da melhor forma possível. Apesar de todas as exigências impostas, que realmente são mais rigorosas, vamos trabalhar com bom senso para que ninguém fique desatendido por aqui”, disse o profissional.
Na última semana, uma polêmica em relação ao atendimento foi alvo de muita repercussão nas redes sociais. O caso envolveu uma idosa de Canguçu que acabou sendo atendida depois de protesto da neta.
ATENDIMENTOS – Sobre os atendimentos, restritos à urgência e emergência, a enfermeira Maiara Braga explicou que a orientação é que a equipe esteja mais rigorosa. Segundo ela, é obrigatória a apresentação da Carteira de Identidade, CPF e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). “Isso é parte do trabalho do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) – que compreende a segurança do paciente e da instituição, para que ocorra essa devida identificação”, disse. Ainda segundo a profissional, a população precisa estar atenta a essa solicitação e também pode, na hora do atendimento, mostrar os documentos através de fotos pelo celular.
A partir disso, o paciente passa pela triagem com profissionais graduados em Enfermagem e posterior para atendimento médico. “Nós verificamos os sinais vitais, as queixas, alergias e histórico de doenças. Nesse momento já conseguimos fazer uma análise sobre a situação e urgência para encaminhar para atendimento”, destacou.
Segundo já adiantou, a equipe vai passar a trabalhar com um método de cores para identificar o tipo de emergência de cada pessoa e o tempo máximo de espera para ser atendida. A nova dinâmica vai ser amplamente divulgada pela direção da Fundação afim de uma adequação e entendimento da população.