CRISE NOS MUNICÍPIOS

Prefeito de Candiota desabafa: “Não somos bolicheiros para negociar a vida de nossos cidadãos no balcão”

Adriano pede que governos, especialmente o federal, tenham programas e políticas públicas e não apenas recursos de emendas parlamentares Foto: Divulgação TP

O prefeito de Candiota, Adriano dos Santos (PT), fez uma espécie de desabafo no grupo de WhatsApp dos prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul dos RS (Azonasul). O TP teve acesso ao material, por intermédio da Assessoria de Comunicação da entidade.

Na sua fala, Adriano contextualiza aos colegas prefeitos o momento que se atravessa no Brasil e no mundo, mas analisa, de forma especial, as dificuldades que os municípios vêm passando no período. “Quando imaginamos chegar a esta situação? Vivemos já há três anos em emergência. Ora pela enxurrada, ora pela estiagem. Agora vivemos uma emergência sanitária com a pandemia do coronavírus. Buscamos soluções nas esferas federal e estadual, mas pouco ou quase nada somos atendidos. Eles não nos estendem a mão”, queixa-se.

O prefeito candiotense roga para que agora, na emergência de saúde, haja algum recurso federal ou estadual, porém não vê esperança. “Liberarem recursos neste momento de forma pobre com emendas parlamentares é brincar com a vidas das pessoas. Não somos bolicheiros para negociar no balcão em troca de voto. Precisamos de programas e políticas públicas para enfrentarmos estas duas situações, que é a estiagem e o coronavírus”, verbaliza.

Adriano analisa que haverá muitos problemas para os municípios, inclusive com a quebra dos negócios locais e consequente queda de receita e por isso vê necessidade de ajuda, especialmente federal. “Até quando vamos tratar os governos de compadre, enquanto estão nos fazendo de capachos. Ou nos mobilizamos ou nossa população é quem vai, de novo, pagar o pato”, desabafou.

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