GASEIFICAÇÃO

Primeiros testes na China com 20kg de carvão estão sendo positivos

Desafio agora é enviar 3 mil toneladas para a Ásia

Na foto, o grupo chinês na Mina de Candiota Foto: Arquivo TP

O engenheiro metalurgista e consultor de Desen­volvimento de Projetos da empresa do Espírito Santo, Vamtec, José Paulo Amaro, disse ao TP na última semana, que os testes com uma pequena amostra de 20kg de carvão mineral de Candiota que foram levados à China recentemente para fins de gaseificação, estão sendo satisfa­tórios e positivos.

O engenheiro não entrou em detalhes sobre o desenvolvi­mento dos testes, porém garantiu a positividade até o momento, ou seja, de que o carvão candiotense é apto para a extração do gás de síntese – matéria prima para a pro­dução de diversos componentes químicos, dentre eles o metanol e fertilizantes.

Amaro ainda destacou que agora o grande desafio é o envio de uma carga significativa de carvão de Candiota para a China. “Esta análise da amostra de 20kg vai definir os ajustes no equipamento para um teste de 3 mil toneladas nos próximos meses”, assinala ele.

Ao centro, Feng Bo, presidente da Yutian e outros diretores da empresa, durante visita à Mina de Candiota Foto: Daniel Rocha/Arquivo TP

PROJETO – No fim do mês de novembro de 2019, o grupo brasileiro Vamtec Carboquímica e o chinês Qingdao Xinyutian Chemical Co., Ltd. (Yutian), cumpriram uma extensa agenda pelo Rio Grande do Sul com a finalidade de aprofundar as nego­ciações e interação institucional para implantação de uma unidade de gaseificação de carvão mineral para produção de metanol e outros derivados, estabelecendo de fato o Polo Carboquímico de Candiota.

Os grupos mantiveram reuniões com a direção da Compa­nhia Riograndense de Mineração (CRM) em Porto Alegre e também visitaram a Mina de Candiota, além de terem sido recebidos pelo prefeito de Candiota Adriano dos Santos e autoridades locais. Tam­bém, a comitiva foi recepcionada pelo governador Eduardo Leite no Palácio Piratini.

Durante a agenda, o presi­dente da gigante chinesa, Feng Bo disse que se o projeto em Candiota for um sucesso, a empresa preten­de investir ainda mais no Brasil.

Considerado ainda um projeto modesto, em tudo dando certo, a ideia é em dois anos e meio a indústria já esteja em fun­cionamento, com investimento inicial de 100 milhões de dólares (cerca de R$ 400 milhões), geran­do 800 empregos na construção e outros 120 na operação.

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