EDUCAÇÃO

Projeto aproxima crianças da história de Pinheiro Machado

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A Lenda de Cacimbinhas foi apresentada no encerramento

A Lenda de Cacimbinhas foi apresentada no encerramento Foto: Divulgação TP

Mistura de entusiasmo, orgulho e amor pela profissão. Assim a re­portagem do TP foi recebida na Escola Municipal de Edu­cação Infantil Tânia Cardoso em Pinheiro Machado. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (14), onde a professora Vera da Luz, acom­panhada da diretora Joana Moreira e da coordenadora Cátia Gonçalves, contou sobre um projeto um tanto quanto inovador para crianças do Maternal II – com idades de 3 e 4 anos.

Pensando no aniver­sário de 140 anos da cidade de Pinheiro Machado e no quanto é importante conhecer o local onde se vive, a docente desenvolveu o projeto “Na minha cidade tem…”. Em um primeiro momento, conforme detalhou ao TP, foi realizada uma reunião com os pais para apresentação do que seria trabalhado entre os meses de abril e agosto. “É preciso destacar que é imprescindível o apoio da família e isso nós temos conseguido aqui. Eles vem, se dispõem a ajudar, realizam o que foi proposto e tudo funciona. É aqui nesse início de vida escolar que se pode compreender o quanto esse contato entre família e escola tende a desenvolver melhor a capacidade dessas crianças, eles tem apoio e in­centivo – o que acaba fazendo toda a diferença”, disse a co­ordenadora do educandário.

Durante a execução do que foi planejado por Vera, os pequenos visitaram a SMEC, Biblioteca Pública, Praça Central, Igreja, Prefei­tura, Corsan, rodoviária e até mesmo locais como merca­dos e farmácias. Segundo contou, a ideia era que eles entendessem o que representa cada lugar, o que oferecem e relacionar com tudo o que já aprenderam até agora. “Nós levamos lanche pra comer na praça quando fomos visitar. Nesse momento se consegue trabalhar noções de cuidados com o meio ambiente e a importância de colocar o lixo na lixeira, por exemplo. Esse é um lugar onde eles normal­mente frequentam com suas famílias, então a gente planta a sementinha – e quem sabe assim todo o lixo que a gente vê lá uma hora seja mesmo destinado às lixeiras”, disse a docente.

Na oportunidade, as crianças também con­taram com o apoio das famílias para arrecadar do­nativos que foram doa­dos ao asilo municipal. Nesse dia, de acordo com a professo­ra, o projeto possibilitou um encontro de gerações. “Eles entre­garam o que foi arrecadado, fizeram uma apresentação e até conse­guiram interagir na hora do lanche. Esse encontro foi bem importante pra eles entende­rem que além de levar aqueles alimentos, o pessoal também precisa de carinho, cuidado e atenção”, salientou.

Além dos locais mais conhecidos, Vera uti­lizou a oportunidade para reforçar os aspectos culturais da antiga Cacimbinhas. A lã da ovelha, as músicas da Comparsa da Canção Na­tiva, a bandeira e o hino da cidade são somente alguns dos exemplos que ela citou enquanto descrevia o tanto de atividades que conseguiu envolver no tema do projeto. Quando pensou em uma apre­sentação artística para o dia do encerramento, novos locais precisaram ser visitados para que conseguisse colocar em prática o que havia planejado. Assim, a turminha seguiu em direção ao CCTG Lila Alves, Rural, Cacimba do Camacho e Gruta. Todo o deslocamento contou com a parceria da SMEC que cedeu o transporte escolar.

Depois de possibili­tar que as crianças vissem de perto o cenário onde nasceu a antiga Cacimbinhas e atual cidade de Pinheiro Machado, Vera propôs que os peque­nos encenassem a Lenda de Cacimbinhas para fechar com chave de ouro tudo que haviam aprendido e vivido até ali. Foi assim que no sábado (4), reunindo familiares do Maternal II e os alunos de toda a escola, eles apresentaram a história que muitos morado­res ainda desconhecem. De acordo a professora, tudo só foi possível graças ao trabalho em equipe – escola, professo­res, alunos e famílias. “Aqui na direção elas abraçam todas essas minhas ideias, cada uma faz um pouco e no fim a gente tem esse tipo de resultado. Eu me emociono muito em ver que quando a gente faz com amor, dedicação e carinho dá certo. Sei que eu sou exigente com os alunos, mas eu enten­do que esse é o momento de ser porque também entendo que eles são capazes e preci­sam ser incentivados”, disse Vera.

Em meio a elogios e lágrimas voltadas tanto à professora quanto ao traba­lho que o grupo desenvolve no educandário, a direto­ra pontuou que a ideia de um ambiente para o público infantil vai muito além do que a nossa cultura impõe. “A educação infantil não é movida pela recreação ou pelo que chamam de creche como era antigamente, nós estamos em uma escola. É preciso que entendam a real importância desses primeiros aprendizados na vida e no desenvolvimento das nossas crianças com trabalhos como esses que a Vera propõe”, dis­se Joana, reforçando o com­prometimento e competência da idealizadora do projeto.

Para a professora Vera, apaixonada pelo traba­lho que executa e totalmente envolvida com os pequenos, os ensinamentos através dos projetos possibilitam que a compreensão e o envolvimen­to das crianças aconteçam de forma mais eficiente. “Nem sempre se consegue desenvol­ver trabalhos grandes como esse e também temos nossos momentos em sala de aula mesmo, mas isso aqui é um diferencial nos métodos de aprendizagem. Além disso, reunir as famílias e reforçar a importância do comprometi­mento deles com a educação dos filhos é fundamental em qualquer época da vida”, concluiu.

Para a professora, a colaboração das famílias tem sido primordial

Para a professora, a colaboração das famílias tem sido primordial Foto: Divulgação TP

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