ABASTECIMENTO

Redução de produção dos poços e vazamentos geram falta de água em Hulha Negra

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Caixa d’água da igreja está com capacidade de produção de 4.900 mil litros/hora Foto: Arquivo TP

Desde dezembro de 2019, os moradores de Hulha Negra convivem com o raciona­mento de água devido à estiagem. Conforme já divulgado pelo Tri­buna do Pampa, o município é abastecido, exclusivamente, por poços artesianos, que dependem da produção natural da água por meio do lençol freático.

Para resolver a situação ou amenizar, diariamente, caminhões­-pipa são utilizados para abastecer as caixas de água que, por meio de bombas, conduzem a água até as residências dos hulhanegrenses. O racionamento na cidade ocorre, diariamente, das 13h às 17h, por quase oito meses, porém alguns problemas nos últimos dias resul­taram em dezenas de reclamações nas redes sociais pela falta de água em alguns pontos da cidade fora do horário previsto.

Questionado sobre o que está acontecendo para ocasionar a falta de água, o vice-prefeito e secretário de Obras, Igor Canto, explica que os poços artesianos estão com produção abaixo do esperado e alguns vazamentos de água também foram fatores para aumentar o problema. “Identifica­mos dois vazamentos de água que fizeram com que a água das caixas d’água fosse utilizada com maior rapidez. Além disso, um grande problema está ocorrendo com um poço próximo ao hospital, que an­tes possuía capacidade de produção de 6 mil litros de água por hora e agora, a produção está em torno de 3.500 mil litros por hora. Também contamos com dias mais quentes apesar de estarmos no inverno, fator que aumenta o consumo e, consequentemente, a água das cai­xas termina mais rápido”, afirma.

PRODUÇÃO Segundo o gestor, a produção da maior parte dos poços está abaixo da normalidade. Ele passou ao TP uma média de produção atual dos poços artesia­nos e a localização aproximada: 12 mil litros/hora (poço do Israel); 3 mil litros/hora (posto de combus­tíveis); 4 mil litros/hora (rádio); 4.900 mil litros/hora (igreja); 4.700 mil litros/hora (hospital); 6 mil litros/hora (Trigolândia); 6 mil litros/hora (Matheus); 4.500 mil litros/hora (Serra da Hulha).

USO CORRETO Igor Canto ain­da relatou que diariamente quatro caminhões enchem as caixas do bairro Floresta para suprir a neces­sidade da comunidade. Ele falou, porém, que não só no bairro, mas como em toda sede, o mau uso da água contribui para a falta de água. “Continuamos solicitando a população que não desperdice água, somos carentes deste bem no município e a produção não comporta lavagem de carros e ca­sas diariamente. É necessário uma maior conscientização também no inverno”, orienta.

CAIXA TRIGOLÂNDIA Sobre a caixa d’água da Trigolândia que caiu e ainda não foi reinstalada, o gestor disse que a troca estava prevista para ocorrer nesta semana. “Compramos uma nova caixa e a empresa responsável estava em manutenção da estrutura. Ainda não sabemos o que, de fato, ocor­reu naquela noite para a caixa cair”, afirma Canto.

No dia 10 de julho aconteceu a queda de uma caixa d’água loca­lizada na Trigolândia e que havia sido instalada no local na quinta­-feira (9), conforme publicação do Executivo, para substituir a estrutura antiga. Na ocasião, ao TP, Igor Canto disse que a substi­tuição da caixa segue um projeto no município e a estrutura monta­da para suporte da caixa d’água, foi realizada por uma empresa do município vencedora de lici­tação. “Esta é uma das últimas a serem substituídas e começamos o projeto exatamente para evitar acidentes. Infelizmente a estrutura rompeu e a empresa responsá­vel será responsabilizada, sendo obrigatória a construção de uma nova estrutura, em proporções ade­quadas, sem ônus para os cofres públicos”, explicou Canto.

 

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