EDUCAÇÃO AMEAÇADA

Reitor da Unipampa diz que saída para o Brasil é pela Educação

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

Professores universitários na Alemanha são venerados e considerados como conselheiros da sociedade Foto: Divulgação TP

Em entrevista ao jornal Tribuna do Pampa na última semana, o reitor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Marco Antônio Fontoura Hansen, afirmou que o Brasil não alcançará pleno desenvolvimento se não investir pesado em Educação.

Com esta afirmação, de forma direta o reitor está criticando a possibilidade de cortes acima dos 30% instituições federais de ensino anunciada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Ele citou o exemplo que vem da Alemanha, que, segundo ele, é fantástico em termos de visão de governo e Estado. “Nenhum juiz ou médico – e aqui não desmerecendo ninguém -, é melhor que um professor. Portanto quem deve mais receber é o professor, porque ele forma todos os demais profissionais. Um professor de universidade na Alemanha é tratado como Herr Professor (Senhor Professor). Na sociedade ele é um ícone e é uma espécie de conselheiro das comunidades. E a diferença entre um professor de universidade e de nível primário é muito pequena”, afirma.

Segundo o documento Um Olhar sobre a Educação, relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado no fim de 2018, profissionais alemães que atuam no ensino secundário recebem 54 mil euros anuais – quase o dobro da média da OCDE e o equivalente a uma renda mensal bruta de 4.500 euros (ou quase R$ 19 mil). O salário líquido tem leves variações dependendo do estado federado onde o professor atua, mas em geral totaliza 2.600 euros por mês (o equivalente a mais ou menos R$ 11 mil).

BÁSICA – O Ministério da Educação (MEC) após o anúncio de retenção de recursos para as instituições federais, tem anunciado que esse dinheiro será deslocados para a educação básica.

Para Hansen é um equívoco, porque não se pode, segundo ele, fazer investimento educacional sem pensar no todo, ou seja, tirar do ensino superior para investir na educação básica. “A educação na base é fundamental e precisa sim ser mais valorizada. Precisamos pensar todos os níveis de educação no Brasil. Mas é a partir das universidades que vamos formar bons professores, que formarão bons alunos desde a base”, destaca.

Comentários do Facebook